Lula propõe atuação das Forças Armadas em portos e aeroportos para combater o crime organizado no Rio de Janeiro

O presidente Lula, em uma transmissão ao vivo nesta terça-feira (24), abordou a questão da segurança pública no Rio de Janeiro. Ele afirmou que não pretende fazer “pirotecnia” para resolver o problema, mas que está estudando a possibilidade de colocar as Forças Armadas para atuar em portos e aeroportos a fim de combater o crime organizado.

Essa discussão surge após uma série de ataques ocorridos na segunda-feira (23) na cidade, como a queima de 35 ônibus e um trem, em resposta à morte de Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão e líder de uma das maiores milícias do estado.

Lula ainda mencionou a possibilidade de criação do Ministério da Segurança Pública, visando uma coordenação maior com os estados e outros entes federados para lidar com essa questão.

Durante a transmissão, o presidente revelou ter conversado com o governador do Rio, Claudio Castro, e com o ministro da Defesa, buscando formas de trazer a Aeronáutica e a Marinha para intervir diretamente nos aeroportos e portos da cidade para combater o narcotráfico e o tráfico de armas.

No entanto, Lula ressaltou que não pretende realizar uma intervenção federal no estado, uma vez que ações semelhantes no passado não tiveram resultados efetivos. Ele afirmou que não deseja tirar a autoridade do governador do Rio.

Essa foi a primeira transmissão ao vivo do presidente desde a sua cirurgia no quadril e nas pálpebras, realizada no final de setembro. Durante a live, Lula também comentou a sua recuperação e revelou que não poderá viajar de avião por enquanto.

O presidente retomou seus compromissos presenciais no Palácio do Planalto nesta segunda-feira (23), incluindo uma reunião com o ministro Luiz Marinho e um encontro com o músico Roger Waters, ex-integrante da banda Pink Floyd.

É importante ressaltar que o presidente recebeu críticas por declarações capacitistas em sua última transmissão ao vivo, na qual relacionou a beleza com a capacidade de andar sem ajuda de muletas ou andador. A declaração gerou controvérsias e levantou questões sobre a conscientização em relação às questões de acessibilidade e inclusão.

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