Diversas autoridades e representantes da sociedade foram convidados para participar da audiência pública, como o prefeito de Novo Progresso, Gelson Dill, vereadores, pesquisadores e representantes de produtores rurais. A discussão sobre a Ferrogrão foi motivada pela suspensão da ação que avalia a legalidade da construção da ferrovia por parte do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro estabeleceu um prazo de seis meses para a conclusão dos estudos de viabilidade da via férrea e suspendeu a aplicação da Lei 13.452/2017, que alterou os limites do Parque Nacional do Jamanxim, no Pará, para viabilizar o trecho de 933 Km da Ferrogrão. A ADI 6.553 foi movida questionando a constitucionalidade dessa alteração da lei. No entanto, o senador Zequinha Marinho, autor do requerimento, afirma que o Ministério dos Transportes já confirmou que não há sobreposição do traçado da ferrovia com terras indígenas e comunidades quilombolas.
No entendimento de Zequinha Marinho, a Ferrogrão é a ferrovia mais viável do Brasil e o questionamento feito no STF não possui lógica. Ele também destaca que enquanto o Brasil discute a construção dessa ferrovia há mais de dez anos, outros países já construíram mais de 30 mil quilômetros de ferrovia. Além disso, o senador ressalta que a ferrovia terá como benefício a retirada de um grande número de caminhões das estradas.
Dessa forma, a CDR pretende utilizar a diligência em Novo Progresso como uma oportunidade para pressionar e mobilizar a sociedade em favor da construção da Ferrogrão. O objetivo é destacar a importância dessa ferrovia para o desenvolvimento econômico do país e para a logística de transporte. A expectativa é que essa visita possa trazer novos elementos para o debate sobre a legalidade da ferrovia e, assim, contribuir para a sua concretização.