De acordo com relatos do homem de 30 anos, ele foi cercado por frequentadores da cracolândia enquanto passava pela Avenida Rio Branco, na esquina com a Rua dos Gusmões. O motorista estava em um Volkswagen Virtus e, ao parar em um cruzamento, foi abordado por indivíduos que quebraram o vidro do carro e roubaram a bolsa de sua esposa, além do aparelho celular que estava com uma criança no banco traseiro.
Diante da situação, o motorista alega ter atropelado as pessoas que se aproximaram de seu veículo na tentativa de fugir. Ele encontrou uma viatura da Polícia Militar e informou o ocorrido antes de deixar o local, conforme informado pela SSP. Uma das placas do carro caiu na via e foi apreendida para análise pericial.
O homem não foi preso, porém o caso foi registrado como roubo de veículo e lesão corporal culposa na direção de veículo automotor pelo 2º DP (Bom Retiro). O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e o Corpo de Bombeiros foram acionados para socorrer as vítimas do atropelamento.
Quatro pessoas ficaram com fraturas expostas nas pernas e foram encaminhadas a pronto-socorros da região. O SAMU removeu oito vítimas, todas em estado estável, enquanto as demais foram socorridas pelos bombeiros. Profissionais de enfermagem do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Redenção prestaram suporte aos acidentados até a chegada do resgate e também realizaram atendimento a uma pessoa com escoriação leve.
A região da Avenida Rio Branco tem sido palco de diversos problemas de violência devido à presença de usuários de drogas. Em agosto, um ônibus foi atingido por uma bala perdida, enquanto em outras ocasiões os coletivos tiveram vidros e retrovisores quebrados por usuários de drogas. Além disso, é comum que veículos que passam pelo cruzamento sejam alvo de roubo e furto.
Motoristas de ônibus que transitam diariamente pela região costumam alertar os passageiros sobre o risco de manusear o telefone dentro dos coletivos, a fim de evitar roubos. Esses profissionais relatam uma rotina de medo e, frequentemente, pedem para serem realocados para trabalhar em outras regiões devido à tensão e ataques na Cracolândia.