Diversos ministros, como Alexandre Padilha, Paulo Pimenta, Luciana Santos e Paulo Teixeira, parabenizaram Massa por ter avançado ao segundo turno e expressaram seu apoio à sua candidatura. O ministro Fernando Haddad afirmou que está acompanhando a disputa com interesse por causa do Mercosul.
No domingo, foi definido que Massa disputará o segundo turno com Milei, que tem propostas semelhantes às de Jair Bolsonaro no Brasil. Os dois candidatos trocaram apoios e o deputado Eduardo Bolsonaro chegou a viajar para a Argentina para acompanhar a votação no primeiro turno. Milei é crítico de Lula e já o chamou de “ladrão”, “comunista” e “presidiário”. Além disso, ele prometeu que, se eleito, romperá as relações comerciais com o Brasil.
Haddad enfatizou a importância de uma América do Sul mais integrada e negociando de forma mais forte com a União Europeia. Padilha compartilhou uma foto publicada pelo presidente argentino, Alberto Fernández, e desejou a derrota daqueles que desprezam a vida e a democracia. Pimenta também publicou fotos ao lado de Fernández, Lula e Massa, e parabenizou o povo argentino.
A vitória de Milei representa uma ameaça à ampliação da influência do Brasil na América Latina. Recentemente, o Equador elegeu um candidato que se apresentou como centro-esquerda, mas com propostas liberais. O Brasil, mesmo com a Argentina sem crédito, votou a favor de um empréstimo bilionário para o país vizinho, o que beneficia Massa. Milei acusou Lula de prejudicar sua candidatura.
Os ministros Luciana Santos e Paulo Teixeira também manifestaram seu apoio a Massa. Santos classificou a definição para o segundo turno como “boas notícias” e destacou a luta por democracia e desenvolvimento soberano com justiça social. Teixeira parabenizou Massa e torceu por sua vitória, ressaltando a importância dessa escolha para fortalecer o Mercosul. Ele também alfinetou o apoio dado por Eduardo Bolsonaro a Milei.
No domingo, Massa e Milei tiveram votações próximas, com 36,8% e 30,04% dos votos, respectivamente. O segundo turno está marcado para o dia 19 de novembro. O governo brasileiro estará atento a esse processo eleitoral, pois terá impactos econômicos e políticos na região. A disputa representa o embate entre diferentes visões e projetos para a Argentina, com reflexos diretos no Brasil e no Mercosul.