Segundo informações do inquérito policial, Rogério Cardoso Júnior, em depoimento, alegou ter sido atacado duas vezes pelos cães e, por isso, teria chutado os animais para se defender. Ele afirmou que antes do incidente em frente ao condomínio, os cachorros já teriam avançado contra ele, e Caroline não teria segurado a guia, permitindo que os animais o atingissem. Júnior negou ter tido a intenção de atingir a advogada e os cães, alegando que apenas buscava se proteger.
Entretanto, o relatório policial concluiu que o acusado assumiu o risco de ferir tanto os animais quanto Caroline Zanin Martins ao desferir intencionalmente chutes contra os cachorros. A agressão não só machucou os animais, como também causou lesões corporais na tutora.
Imagens registradas mostram que Rogério Cardoso Júnior desferiu diversos chutes nos cachorros, além de dar tapas nos animais. Mesmo com alguns golpes não atingindo os cães, pelo menos um deles acertou a perna da advogada, que tentava se proteger segurando-se na grade do condomínio.
Após o incidente, Caroline pediu ajuda a um vigilante que estava na calçada, mas ele demorou a intervir. Somente quando o portão do condomínio abriu, a advogada conseguiu entrar rapidamente, enquanto o agressor continuava chutando os cães. O vigilante fechou o portão, e o agressor foi embora.
Caroline Zanin Martins relatou à Folha que o agressor a havia avisado que iria chutá-la antes do ataque. A advogada afirmou não conhecer o agressor e destacou que a violência deixou sequelas emocionais, fazendo com que ela evite passear com seus cachorros.
Agora, o caso será encaminhado ao Ministério Público, que decidirá sobre o prosseguimento do processo contra Rogério Cardoso Júnior. O indiciamento por lesão corporal dolosa e maus-tratos a animais é grave e pode resultar em penalidades severas, caso o acusado seja condenado.