Ex-primeiro-ministro do Paquistão, Nawaz Sharif, retorna ao país para concorrer nas eleições parlamentares em meio à crise política e econômica

O ex-primeiro-ministro do Paquistão, Nawaz Sharif, fez seu retorno triunfante ao país neste sábado, pondo fim a um exílio de quatro anos em Londres. Sharif, que ocupou o cargo de primeiro-ministro por três vezes, voltou em um avião fretado vindo de Dubai, visando ganhar o apoio dos eleitores nas eleições parlamentares que estão marcadas para janeiro.

O regresso de Sharif acontece em um momento de profunda turbulência política e uma das piores crises econômicas que o país já enfrentou. Em Lahore, seus apoiadores decoraram a cidade com fotos e bandeiras do partido, demonstrando seu apoio incondicional. Antes de partir de Dubai para Islamabad, Sharif falou com a imprensa e expressou sua felicidade com o retorno, afirmando que está deixando nas mãos de Deus a situação política e econômica do país.

No entanto, Sharif terá uma forte concorrência do partido de seu principal rival, Imran Khan. Khan foi destituído do cargo de primeiro-ministro em abril deste ano e atualmente está preso após ser condenado por corrupção. Por sua vez, Sharif estava foragido desde 2019, quando não compareceu a um tribunal paquistanês após ser condenado a 10 anos de prisão por corrupção.

No passado, Khan permitiu que Sharif viajasse para o exterior para receber tratamento médico, após este reclamar de dores no peito. No entanto, Sharif acabou prolongando sua estadia em Londres, alegando impedimentos médicos para retornar ao Paquistão. Somente na última quinta-feira, um tribunal federal do país concedeu a ele proteção em casos de corrupção, abrindo caminho para seu retorno.

A decisão do Supremo Tribunal de Islamabad de permitir o regresso de Sharif foi um grande impulso para ele e seu partido, que lutam para combater a popularidade de Khan, atualmente a principal figura da oposição. No entanto, Sharif ainda enfrenta diversos desafios legais em seu retorno. O governo provisório atualmente no poder no país realizará a votação em janeiro.

É importante ressaltar que o texto acima foi reproduzido sem citar a fonte original.

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