As denúncias variam desde o boicote à infraestrutura, como a destruição de uma ponte e o impedimento de construção de uma escola, até a prática de violência física e ameaça de morte. Diante disso, o presidente da CPMI, senador Plínio Valério, afirmou que o colegiado deve apresentar uma representação contra funcionários do ICMBio ao Ministério Público Federal, como forma de combater tais abusos e arbitrariedades.
Plínio Valério também acusou a Força Nacional de estar expulsando moradores dos municípios de São Félix do Xingu e Autazes, em prol da criação de reservas indígenas, alegando que “tudo em nome de ONGs internacionais onde o dinheiro é quem dita as regras”. Essas acusações foram apoiadas pelo vice-presidente da CPI, Jaime Bagatolli, que cobrou a responsabilização dos envolvidos e ressaltou a importância de garantir os direitos e a dignidade dos moradores da reserva.
Além disso, os senadores também realizaram uma audiência pública em Epitaciolândia, onde deputados estaduais e representantes da sociedade civil do Acre defenderam a expansão de estradas no estado como forma de promover o desenvolvimento. Segundo eles, há décadas as obras em rodovias no estado são embargadas por ações de órgãos governamentais de preservação ambiental, ONGs e do Ministério Público Federal, o que vai contra os interesses da população.
Um dos trechos em questão é a BR-364, que foi suspensa recentemente pela Justiça Federal devido às ações de associações e ONGs que ajuizaram uma ação civil alegando falta de consulta prévia a povos tradicionais e indígenas afetados. Porém, os representantes presentes na audiência pública defendem a retomada dessa obra, argumentando que a expansão da rodovia traria diversos benefícios econômicos e de qualidade de vida para a região.
Diante das denúncias de excessos na abordagem de agentes de órgãos governamentais responsáveis pela fiscalização ambiental contra trabalhadores do campo e extrativistas, o deputado estadual Adeilton Cruz afirmou que é necessário dar oportunidades para que essas pessoas possam ser ouvidas e não sejam desrespeitadas.
Em resumo, essa terceira diligência externa da CPI das ONGs no Acre tem sido marcada por denúncias contra agentes do ICMBio, acusações de expulsão de moradores e a defesa pela expansão de estradas no estado como forma de promover o desenvolvimento. A comissão está atuando para investigar e responsabilizar os envolvidos, visando garantir os direitos e a dignidade das populações envolvidas.