De acordo com a Conab, a cebola registrou a maior queda na média ponderada em setembro, em comparação com agosto, mesmo com uma menor quantidade disponível nos mercados. O motivo dessa redução de preço é a produção pulverizada pelo país, que deixa a oferta mais próxima dos centros consumidores, resultando em menores custos de logística e, consequentemente, preços mais baixos.
A batata também teve uma queda “contínua e unânime” nas cotações, devido à intensificação da safra de inverno em todo o país. Em setembro, mais de 100 mil toneladas foram comercializadas nas 11 centrais de abastecimento.
Quanto à alface, os preços continuaram em declínio, porém, de forma menos intensa do que nos meses anteriores. O clima adverso influenciou tanto na oferta quanto na demanda pela folhosa. O calor encurtou o ciclo de produção da alface, fazendo com que os produtores a colocassem no mercado ao mesmo tempo em que a demanda aumentava devido ao aumento da temperatura.
A cenoura também apresentou queda na média ponderada, mas não em todos os mercados pesquisados. A oferta foi menor no atacado em setembro, em comparação com agosto, apesar das chuvas e temperaturas altas registradas no último mês, que afetaram a qualidade do produto e diminuíram a demanda.
A Conab ressalta que as precipitações em setembro no Rio Grande do Sul interromperam quase que completamente a colheita, resultando em uma queda de cerca de 65% dos envios deste estado para as Ceasas.
Por fim, o único produto que não apresentou uma tendência uniforme de preços foi o tomate, variando de acordo com as maiores ou menores entradas do fruto durante o mês. A variação de temperatura atrasa ou acelera a maturação do tomate, resultando em oscilações de oferta e preço.
Em relação às frutas, o boletim destaca que banana e mamão também tiveram queda nos preços, seguindo a tendência da maioria das hortaliças. A oferta de banana-prata aumentou em setembro devido às boas condições de produção no sul e norte de Minas Gerais. Já o mamão papaia teve maior oferta de diversas regiões produtoras, resultando em queda de preços.
As temperaturas mais altas fizeram com que o consumo de laranja e melancia aumentasse, intensificando a procura por essas frutas em setembro. No caso da maçã, houve aumento nos preços e queda na comercialização na maioria das Ceasas, o que é tradicional para essa época do ano, devido à diminuição dos estoques das empresas classificadoras.
No que diz respeito às exportações de frutas, entre janeiro e setembro deste ano, foi exportado um total de 694 mil toneladas, que resultou em um valor de US$ 794,8 milhões comercializados. Houve um aumento de 5,14% e 19,04%, respectivamente, em comparação com o mesmo período do ano passado. As maiores vendas no mercado externo foram de mangas, limões e limas, melancias e abacates, enquanto as exportações de bananas e mamões foram menores.
O boletim da Conab se baseia em levantamentos realizados nas Ceasas de diversas cidades brasileiras, incluindo São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Vitória, Curitiba, São José (SC), Goiânia, Recife, Fortaleza, Rio Branco e Brasília.
