O Brasil foi convidado a participar da cúpula devido à ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está se recuperando de uma cirurgia no quadril. Além do Brasil, a Jordânia, o Catar e a Turquia também marcarão presença no encontro. O tema principal a ser discutido durante a cúpula é a crise humanitária que assola a Faixa de Gaza.
Diariamente, a situação em Gaza se deteriora. A população local encontra-se impossibilitada de deixar a região devido ao fechamento das fronteiras, enquanto enfrenta a escassez de água, combustível, eletricidade e ataques intensos e frequentes de Israel. A Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) estima que cerca de 1 milhão de pessoas já foram deslocadas internamente em Gaza, sendo que aproximadamente 513 mil estão abrigadas nas instalações da agência.
A crise humanitária se agravou significantemente após o dia 7 de outubro, como resposta do governo de Israel ao ataque realizado pelo Hamas, que invadiu cidades israelenses e resultou na morte de aproximadamente 1.300 pessoas, além do sequestro de outras 199, de acordo com informações do governo israelense. Vale ressaltar que a cúpula no Egito ocorre apenas três dias após o veto dos Estados Unidos à proposta negociada pelo Brasil no Conselho de Segurança da ONU, que visava estabelecer um cessar-fogo na região e a abertura de um corredor humanitário para auxiliar a população civil em Gaza.
Nesta quinta-feira, um acordo intermediado pelo Egito possibilitou a entrada de 20 caminhões com ajuda humanitária na Faixa de Gaza. No último final de semana, Lula conversou por telefone com o presidente do Egito, Al Sisi, solicitando apoio e cooperação. Atualmente, um avião da Presidência da República brasileira encontra-se no país, aguardando autorização para repatriar cerca de 30 brasileiros que estão em Gaza, próximos à fronteira com o Egito.
É importante destacar que todas as informações acima foram obtidas de fontes não especificadas.