Manifestantes em São Paulo apoiam residentes da Faixa de Gaza e protestam contra bombardeio a hospital

No final da tarde desta quarta-feira (18), palestinos e brasileiros se reuniram no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), localizado na avenida Paulista, em São Paulo, para manifestar seu apoio aos residentes da Faixa de Gaza. Esta região tem sido alvo de intensos ataques militares por parte de Israel após os atentados realizados pelo grupo Hamas no dia 7 de outubro.

O ato também teve como objetivo protestar contra o recente bombardeio ao Hospital Ahli-Arab, na Faixa de Gaza, ocorrido na terça-feira (17), que deixou centenas de mortos. Segundo informações do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, 500 pessoas foram mortas ou feridas no bombardeio. No entanto, Israel negou ser responsável pelo ataque, atribuindo-o à Jihad Islâmica, que também negou sua participação.

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O manifesto contou com a presença de Omar Naji, palestino nascido em Belém (Cisjordânia), que vive no Brasil há oito anos. Segundo ele, o conflito entre israelenses e palestinos já dura mais de 75 anos e a paz só será alcançada quando as ações israelenses na região forem finalizadas.

Lideranças, empresários e personalidades da comunidade judaica brasileira também se manifestaram, assinando um manifesto contra o terrorismo e a favor da paz. Lançado no dia 18, o manifesto já conta com mais de 200 assinaturas. No texto, o terrorismo é classificado como a mais perversa e destrutiva ameaça à civilização humana, e são condenados os sequestros, violações, torturas e mortes indiscriminadas de inocentes.

O manifesto ainda cita grupos como Hamas, Al Qaeda e Estado Islâmico como responsáveis por crimes terríveis, que causam mortes injustificáveis e desespero. Aqueles que assinaram o manifesto lamentam a morte de pessoas de ambos os lados do conflito, pedem pela libertação dos reféns em poder do Hamas e defendem a chegada de ajuda humanitária à população atingida.

No entanto, o sírio Amas Obid, que vive no Brasil há sete anos, expressou sua falta de esperança de que a Organização das Nações Unidas (ONU) seja capaz de estabelecer a paz na região. Segundo ele, mesmo diante de massacres como o ocorrido no Hospital Ahli-Arab, propostas de cessar-fogo são vetadas e a situação continua sem solução.

A proposta brasileira sobre o conflito entre Israel e o grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza, foi rejeitada pelo Conselho de Segurança da ONU nesta quarta-feira. O texto apresentado pelo governo brasileiro solicitava pausas humanitárias nos ataques entre as duas partes, a fim de permitir o acesso de ajuda à Faixa de Gaza. A votação resultou em 12 votos a favor, duas abstenções (sendo uma da Rússia) e um voto contrário, dos Estados Unidos, o qual, por ser um membro permanente, resultou na rejeição da proposta brasileira.

A luta pela paz na Palestina continua, assim como a busca por uma solução efetiva para o conflito que já dura décadas. Enquanto isso, manifestações e movimentos em apoio aos palestinos e em busca de uma paz duradoura continuarão a ocorrer em diferentes partes do mundo.

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