Desaparecimento de metralhadoras em arsenal militar de São Paulo gera investigação e redução de efetivo da tropa.

Nesta terça-feira (17), o Comando Militar do Sudeste informou que o Arsenal de Guerra de São Paulo, localizado em Barueri, na região metropolitana de São Paulo, passou de estado de prontidão para sobreaviso. Essa mudança implica na redução do efetivo da tropa que estava aquartelada. Segundo o Comando, a investigação sobre o ocorrido segue em andamento e está sob sigilo.

A medida administrativa de manter 480 militares aquartelados foi adotada após a constatação do desaparecimento de 21 metralhadoras. Dessas, 13 são de calibre .50, capazes de derrubar aeronaves, e 8 são de calibre 7,62. A falta do armamento foi percebida durante uma inspeção realizada no dia 10 de outubro. A partir disso, foram tomadas todas as providências administrativas para apurar as circunstâncias do ocorrido, incluindo a instauração de um Inquérito Policial Militar (IPM).

No momento, a tropa aquartelada está sendo ouvida como parte das investigações, com o objetivo de obter informações relevantes para o caso. Vale ressaltar que as armas desaparecidas são inservíveis e estavam sendo mantidas no arsenal, que é responsável pela manutenção e também pelo processo de desfazimento e destruição de armamentos que não podem ser consertados.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo informou, em nota, que as polícias Civil e Militar estão colaborando nas buscas pelas armas. As autoridades também estão trabalhando para identificar e prender os responsáveis pelo furto. Para auxiliar nas investigações, a secretaria utiliza o Muralha Paulista, uma rede de segurança que interliga câmeras e radares, analisando registros digitais de veículos e pessoas nas proximidades e nos acessos ao local do crime.

De acordo com o Instituto Sou da Paz, o sumiço das metralhadoras é o maior roubo de armas do Exército desde 2009. Naquele ano, sete fuzis foram roubados de um quartel em Caçapava, no Vale do Paraíba, mas foram posteriormente encontrados.

Enquanto as investigações continuam, a preocupação com a possibilidade de essas metralhadoras serem utilizadas para fins criminosos tem ocupado as autoridades de segurança pública. O Exército e as forças policiais estão trabalhando em conjunto para solucionar o caso e garantir a segurança da população.

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