Além disso, a pesquisa também avaliou o risco de contestação das transações online analisadas e constatou que as compras feitas com os cartões de avós são as mais contestadas. Elas têm 153,8% mais chances de serem contestadas do que as realizadas com os cartões de filhos, 135,7% a mais do que as realizadas com os cartões de irmãos e um risco 73,7% maior do que as compras feitas com os cartões das mães.
Segundo Caio Rocha, diretor de Produtos de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, quando uma transação online feita com cartões de parentes é contestada pelo titular, isso pode indicar a ocorrência de uma fraude. Rocha recomenda que os donos dos cartões e as empresas se protejam contra fraudes em ambientes digitais para evitar prejuízos financeiros. Ele sugere emitir cartões digitais temporários e investir em um processo inteligente de combate à fraude com uma camada adicional de proteção.
Dados do Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian mostram que 45,5% das investidas criminosas registradas no primeiro semestre de 2023 foram direcionadas ao setor de bancos e cartões. O último Relatório Global de Identidade e Fraude da Serasa Experian também revelou um crescimento de 18% na quantidade de incidentes relacionados a cartões bancários no último trimestre de 2022, em comparação com o período anterior.
Diante dessa realidade, a Serasa Experian lançou o mecanismo Verificação de Cartão, que identifica o risco de fraude por trás de cada transação online realizada com cartões de crédito chamados de não presentes. A validação é feita por meio do cruzamento de informações cadastrais do CPF do titular do cartão, os dados BIN (primeiros 6 a 8 dígitos, que indicam a bandeira, o banco emissor e a variante do cartão) e os últimos 4 dígitos.
A empresa também recomenda algumas medidas de segurança para os consumidores, como garantir a segurança de documentos, celulares e cartões com senhas fortes para acesso aos aplicativos, desconfiar de ofertas com preços muito abaixo do mercado, ter atenção com links e arquivos compartilhados em redes sociais, cadastrar as chaves PIX apenas nos canais oficiais dos bancos, evitar fornecer senhas ou códigos de acesso fora do site do banco ou do aplicativo e monitorar o CPF com frequência para garantir que não tenha sido vítima de fraude no PIX.
Já para as empresas, a Serasa Experian recomenda uma análise mais cuidadosa de compras mais caras, a verificação de cadastros com base de dados atualizada dos consumidores e a consulta ao perfil do cliente para avaliar os riscos de uma operação.
Segundo Pedro Moreno, gerente-executivo da Serasa Experian, as empresas têm investido em novos métodos de soluções antifraude e tecnologias sofisticadas. Ele ressalta a importância de investir em medidas de segurança para evitar golpes e fraudes.
A Serasa Experian foi criada em 1968 e se uniu à Experian Company em 2007. Atualmente, é a maior empresa de Datatech do Brasil, realizando mais de 6,5 milhões de consultas diárias sobre empresas e consumidores e protegendo mais de 2,2 bilhões de transações comerciais por ano. A Experian, com sede corporativa em Dublin, Irlanda, é líder mundial em serviços de informação e opera em 32 países com mais de 22 mil pessoas.