No início da tarde, dois agentes detiveram Greta Thunberg e a levaram para uma viatura policial. Anteriormente, a polícia inglesa já havia anunciado a detenção de cinco manifestantes acusados de obstrução de via pública.
Durante a manifestação, Greta Thunberg afirmou em entrevista à imprensa que “por trás destas portas fechadas”, os “políticos celebram acordos e compromissos com pessoas do lobby do destrutivo setor dos combustíveis fósseis”. Os protestantes exibiam faixas com mensagens como “os pesos pesados do petróleo devem pagar”, em uma clara crítica às empresas do setor.
Uma londrina aposentada de 75 anos chamada Dora Marden expressou suas preocupações em relação ao futuro de seus seis netos: “Tenho pesadelos pensando no futuro que terão”. A ONG Fossil Free London, responsável pela organização do protesto, argumentou que a maioria dos lucros astronômicos registrados pelas empresas do setor no último ano é reinvestida na expansão das energias fósseis, indo de encontro às alegações de apoio a energias renováveis.
O presidente da empresa saudita Aramco, Amin Nasser, ressaltou no início da conferência a necessidade de “novos investimentos” em petróleo, para compensar o declínio dos campos petrolíferos já envelhecidos. Os ativistas também criticaram a escolha de Sultan al-Jaber, CEO da empresa nacional de petróleo dos Emirados Árabes Unidos, como presidente da COP28, a conferência anual das Nações Unidas sobre o clima, que ocorrerá em Dubai de 30 de novembro a 12 de dezembro.
A manifestação liderada por Greta Thunberg em Londres ressalta a luta contínua pelo meio ambiente e a pressão exercida sobre a indústria de petróleo e gás para que assuma responsabilidades e invista em energias mais limpas e sustentáveis. A detenção da ativista evidencia a sua disposição de enfrentar desafios a fim de conscientizar e promover mudanças significativas.
