Segundo o documento, das cerca de 10 mil vidas perdidas e mais de 15 mil feridos, a maioria são civis inocentes, especialmente crianças, mulheres e idosos. O apelo é direcionado ao presidente do Conselho de Segurança, embaixador brasileiro Sergio Danese, ao secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, ao presidente de Israel, Isaac Herzog, ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, ao presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, ao diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, ao papa Francisco e aos ministros da Saúde das nações envolvidas.
A carta destaca a necessidade de parar com a violência injustificável contra vidas humanas e de fornecer assistência humanitária na Faixa de Gaza, que está à beira do colapso. A Federação Mundial de Associações de Saúde Pública pede que a ONU e as autoridades israelenses e palestinas levem mulheres e crianças para locais seguros, utilizando hospitais em terra e navios-hospital sob a supervisão das Nações Unidas. Além disso, ressaltam a urgência de fornecer alimentos, energia, água e insumos de saúde que estão praticamente esgotados na região.
O médico sanitarista Paulo Buss, diretor do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), participante dessa mobilização internacional, descreveu a situação em Gaza como de “absoluto terror”. Segundo ele, os hospitais estão superlotados e os corpos não estão sendo devidamente enterrados. Há também um grande número de pessoas que tentam se abrigar nas proximidades das unidades de saúde, aumentando ainda mais o caos nas ruas.
Buss alerta que, se nenhuma ação for tomada, o número de mortos pode chegar a 50 mil nas próximas semanas. As mulheres, crianças, adolescentes e idosos representam a população mais vulnerável e estão sofrendo não apenas com ferimentos físicos, mas também com agravamentos na saúde mental e emocional.
Esse apelo da Federação Mundial de Associações de Saúde Pública demonstra a urgência de intervenção internacional para proteger os civis inocentes nesse conflito devastador. A situação em Gaza é extremamente crítica, com a falta de recursos básicos e o aumento das vítimas civis. É necessário que a comunidade internacional se una para exigir uma solução pacífica e o fim dessa violência desumana.