Nível histórico de seca: Rio Negro registra menor cota em 121 anos, afetando comunidades rurais de Manaus

Nesta segunda-feira (16), o Rio Negro registrou a menor cota da sua história, marcando 13,59 metros no porto de Manaus, após 121 anos de leituras. A Gerência de Encaminhamento e Acompanhamento da Prefeitura de Manaus, responsável por monitorar a vazante dos rios Negro e Amazonas, afirmou que a tendência é que o volume dos rios continue baixando até o final deste mês.

A estiagem já afeta 63 comunidades rurais ribeirinhas de Manaus. No final de setembro, a Prefeitura decretou situação de emergência no município devido à vazante do Rio Negro. Essa situação tem impactado diretamente as escolas ribeirinhas, que precisaram encerrar o ano letivo mais cedo. Professores e alunos têm enfrentado dificuldades para se locomover até as unidades escolares devido à seca.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), além do fenômeno El Niño, que aumenta a temperatura das águas superficiais do oceano na região do Pacífico Equatorial, o aquecimento do Atlântico Tropical Norte, próximo à linha do Equador, tem inibido a formação de nuvens e reduzido o volume de chuvas na Amazônia.

A seca histórica que atinge a região traz preocupações ambientais e sociais. A queda no nível dos rios prejudica a navegação fluvial, transporte essencial para comunidades ribeirinhas e também para o abastecimento de suprimentos básicos. Além disso, a falta de chuvas causa impactos negativos para o ecossistema da região, afetando diretamente a fauna e a flora local.

A situação de emergência decretada pela Prefeitura de Manaus busca garantir suporte e assistência para as comunidades afetadas. Por meio de órgãos governamentais e ações de apoio, busca-se minimizar os impactos da seca e garantir a segurança e o bem-estar dessas populações ribeirinhas.

É fundamental que medidas de preservação ambiental e combate às mudanças climáticas sejam ampliadas e fortalecidas, a fim de evitar e mitigar os efeitos desse tipo de fenômeno. O cuidado com os recursos naturais e a busca por alternativas sustentáveis são essenciais para a sustentabilidade da região e para a proteção das populações que dependem dos rios da Amazônia para sua sobrevivência.

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