A cerimônia de premiação ocorreu no domingo (15) no Cine Odeon, um dos cinemas mais tradicionais do Rio de Janeiro. O roteiro do filme, composto por 21 planos-sequência – ou seja, tomadas contínuas sem cortes – busca envolver o espectador na ação.
Apesar de ser fictício, o filme é baseado em eventos reais que aconteceram em outubro de 1968 durante a ditadura militar. Na trama, estudantes que ocuparam o prédio da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP) enfrentaram os ataques do Comando de Caça aos Comunistas, uma organização paramilitar de extrema-direita, localizada do outro lado da rua.
A diretora Vera Egito enviou uma mensagem à cerimônia de premiação na qual ressaltou a importância da luta por igualdade social, justiça e democracia, afirmando que ela não tem fim e não se trata de ganhar ou perder, mas de manter-se do lado correto da rua.
Outro filme que se destacou no festival foi “Pedágio”, que rendeu os prêmios de melhor atriz para Maeve Jinkings e melhor ator para Kauã Alvarenga. O ator agradeceu pelo prêmio e mencionou a importância de representar os habitantes de favelas e periferias, assim como sua família, que o apoiou em sua carreira.
A diretora do festival, Ilda Santiago, destacou a diversidade e a pluralidade como elementos fundamentais na escolha dos filmes exibidos, afirmando que o cinema tem o poder de ser transformador.
Uma das tradições do Festival do Rio é homenagear uma artista LGBTQIA+ com o Troféu Suzy Capó de Personalidade do Ano. Neste ano, o prêmio foi compartilhado pela atriz Nanda Costa e pela compositora e percussionista Lan Lanh, que se destacaram em suas respectivas áreas.
Além disso, foram divulgados os vencedores das demais categorias do festival. O curta “Cabana” foi eleito o melhor da competição Première Brasil, enquanto o documentário “Orlando, Minha Biografia Política” recebeu o prêmio de melhor documentário no Prêmio Felix.
Em resumo, a 25ª edição do Festival do Rio premiou o filme de ficção “A Batalha da Rua Maria Antônia” como o melhor em sua categoria, destacando sua abordagem sobre a resistência estudantil durante a ditadura militar. O evento também reconheceu outros filmes e artistas que se destacaram em diferentes categorias, promovendo diversidade e pluralidade. O Festival do Rio reafirmou o poder transformador do cinema e celebrou personalidades LGBTQIA+ que contribuíram para o cenário artístico brasileiro.