Os votos ainda estão sendo contabilizados e o conselho eleitoral espera ter os resultados finais até a manhã de terça-feira, 17. Três partidos da oposição – Coligação Cívica, Terceiro Caminho e Nova Esquerda – competiram em conselhos diferentes, mas com as mesmas promessas de restaurar boas relações com a União Europeia.
Essa é considerada pelos poloneses a eleição mais importante desde 1989, quando o comunismo entrou em colapso e uma nova era democrática começou. A ordem constitucional do país, a posição oficial sobre os direitos LGBTQ+ e o aborto, e as alianças internacionais estão em jogo. A Polônia tem sido um aliado crucial para a Ucrânia após a invasão russa.
O partido conservador, Lei e Justiça, obteve quase 44% dos votos em 2019, mas nas últimas semanas conta com pouco mais de 30% nas pesquisas. Entre as razões para a queda de popularidade, estão a inflação elevada, alegações de corrupção e disputas com outros países europeus. Além disso, o partido tem buscado obter mais controle sobre as instituições estatais, como tribunais, meios de comunicação social e o próprio processo eleitoral.
Jaroslaw Kaczynski, líder do Lei e Justiça, reconheceu que há incerteza em relação aos resultados e o partido enfrenta a possibilidade de perder o poder. Por outro lado, os partidos da oposição estão otimistas com a projeção do Ipsos e acreditam que têm os votos necessários para vencer as eleições.
A sociedade polonesa aguarda ansiosamente os resultados finais e as consequências políticas dessa eleição. A polarização entre os partidos e as questões em jogo tornam esse processo eleitoral um marco para o futuro político da Polônia. A democracia e a vontade do povo serão decisivas para definir os rumos do país nos próximos anos.