As metralhadoras desapareceram durante uma inspeção realizada na última terça-feira, dia 10. Segundo o Exército, as armas são consideradas inservíveis e estavam no Arsenal para dar início ao processo de desfazimento e destruição. O Exército também destacou que as metralhadoras do calibre .50 e 7,62 mm despertam grande interesse dos grupos criminosos organizados, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), que costumam “alugar” armas de alto calibre para cometer assaltos a carros-fortes, transportadoras e agências bancárias.
As metralhadoras calibre .50 são especialmente perigosas, sendo capazes de causar grandes danos e serem utilizadas em ataques de grande proporção. Um exemplo disso foi o assassinato do megatraficante Jorge Rafaat Toumani, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, que foi realizado com o uso desse tipo de armamento pesado.
Já o fuzil automático leve (FAL) de calibre 7,62 é adotado pelo Exército como armamento padrão de combate desde a década de 1960. Esse tipo de fuzil é reconhecido por sua precisão no engajamento de alvos e grande letalidade. No entanto, a partir de 2017, começou um processo de substituição gradual do FAL por um armamento de calibre 5,56 mm.
A investigação conduzida pelo Comando Militar do Sudeste tem o objetivo de descobrir como essas armas foram retiradas do Arsenal e quem são os responsáveis pelo sumiço. Além disso, espera-se que os militares ouvidos possam fornecer informações adicionais que auxiliem no esclarecimento do caso.
Esse evento não apenas levanta preocupações quanto à segurança nacional, mas também ressalta a importância de se manter um controle rigoroso sobre o armamento utilizado pelo Exército, a fim de evitar que armas de alto poder ofensivo caiam nas mãos de grupos criminosos. Medidas de segurança e auditorias regulares devem ser implementadas para garantir a integridade e o controle adequado dessas armas.
A investigação segue em andamento, e espera-se que novas informações sejam divulgadas em breve para esclarecer esse episódio preocupante e evitar que situações semelhantes ocorram no futuro.