Exército investiga o sumiço de 21 metralhadoras em arsenal do Comando Militar do Sudeste, em Barueri

O Exército está investigando o desaparecimento de 21 metralhadoras do arsenal do Comando Militar do Sudeste, localizado em Barueri, na Grande São Paulo. Durante uma inspeção realizada na última terça-feira (10/10), foi percebida a ausência do armamento, sendo 13 metralhadoras calibre .50 e oito calibre 7,62 mm. De acordo com o Exército, as armas eram consideradas inservíveis e teriam sido retiradas para manutenção.

Apesar disso, o caso não está sendo oficialmente tratado como roubo ou furto, conforme afirmado em nota emitida pelo Comando Militar do Sudeste nesta sexta-feira (13/10). Foi instaurado um inquérito policial militar para investigar as circunstâncias do ocorrido. O Exército classificou o incidente como uma “discrepância no controle” das armas e assegurou ter tomado todas as medidas necessárias para a apuração dos fatos.

As metralhadoras de calibre .50 são equipamentos de grande interesse para grupos criminosos organizados, como o Primeiro Comando da Capital (PCC). Esses grupos costumam “alugar” armas de alto calibre para realizar assaltos a carros-fortes, transportadoras e agências bancárias. Um exemplo marcante do uso desse tipo de armamento é o assassinato do traficante Jorge Rafaat Toumani, que ocorreu em 2016 na fronteira entre o Brasil e o Paraguai.

Por sua vez, o fuzil automático leve (FAL) de calibre 7,62 é adotado pelo Exército como armamento padrão desde a década de 1960. Segundo um estudo da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais do Rio, o FAL possui alta precisão e letalidade, utilizando a munição 7,62x51mm NATO. No entanto, a partir de 2017, está ocorrendo uma substituição gradual do FAL por armas de calibre 5,56 mm.

A investigação em andamento irá determinar as circunstâncias do desaparecimento das 21 metralhadoras, bem como a responsabilidade pelo controle e manutenção dessas armas. O Exército está empenhado em esclarecer todos os detalhes e evitar que as armas caiam em mãos criminosas. É fundamental que as autoridades competentes conduzam a apuração com rigor e transparência, garantindo a responsabilização dos envolvidos e a segurança da sociedade.

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