Hamas Launches Unprecedented Attack on Israel, Leaving Hundreds Dead and Civilians Held Hostage

No último sábado, dia 7 de outubro, ocorreu um ataque surpresa e sem precedentes por parte do Hamas, um movimento de resistência palestino, contra Israel. O bombardeio resultou em centenas de mortos e feridos, além do sequestro de civis como reféns. O Hamas justificou os ataques como uma ofensiva para retomada de território.

No entanto, é importante destacar que as origens deste conflito entre Israel e Palestina vão além dos acontecimentos recentes. Em uma entrevista com Sâmia Teixeira, jornalista e pesquisadora sobre a Palestina, ela enfatiza a realidade dos palestinos e faz analogias com a situação vivida no Brasil.

Segundo Teixeira, o ataque do Hamas foi uma resposta inevitável a um longo processo de escalada de violência, isolamento, humilhação e agressão diária sofrida pelos palestinos, que vivem sob um regime de apartheid discriminatório. Ela ressalta que o Hamas é uma organização política e o único instrumento militar do Estado da Palestina, que não conta com um exército poderoso para enfrentar uma das principais forças militares do mundo.

O povo palestino enfrenta um sistema de apartheid e discriminação há anos, vivendo sob leis exclusivas que limitam sua mobilidade e dependendo de doações da ONU para sobreviver. Além disso, sofrem com a falta de acesso à água potável e aos serviços básicos de saúde. A população palestina também pode ser detida sem acusação formal, em prisões administrativas.

É importante destacar que Israel tem ganhado cada vez mais força na região, contando com o apoio de grandes potências mundiais e enriquecendo seu setor militar através da importação e exportação de armas. Nos últimos anos, os ataques de Israel têm se intensificado não apenas na região de Gaza, mas em outros territórios palestinos, violando importantes direitos humanos.

Nesse contexto de conflito, as mulheres e crianças palestinas são as mais afetadas. Dados do Centro Palestino de Estudos mostram que, em 2022, sete mil palestinos foram presos pelas autoridades israelenses, sendo 164 mulheres e 865 crianças. Além disso, de acordo com a Defense for Children, uma média de 500 a 700 crianças passam por cortes militares israelenses sem direito a um julgamento justo.

É interessante notar a relação do conflito entre Israel e Palestina com a violência que ocorre no Brasil. Enquanto Israel agride os palestinos, aqui no Brasil é a população preta, pobre e periférica que sofre com a violência. Durante o governo de Jair Bolsonaro, o presidente utilizou um discurso violento e alinhado à política israelense, participando de feiras de tecnologia militar que vendem e expõem armamento bélico.

Diante dessas realidades, a compreensão dos fatos é fundamental para fortalecer nossas percepções de mundo, lutas e formas de resistência.

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