Os comentários foram feitos no sábado, 7, dia dos primeiros ataques a Israel. Além disso, o assessor também publicou duas imagens da bandeira israelense, uma delas com uma barata no lugar da estrela de Davi e outra com o símbolo mergulhado em uma poça de sangue. Após a repercussão negativa, as publicações foram apagadas.
Sayid Marcos Tenório é vice-presidente do Instituto Brasil Palestina (Ibraspal), filiado ao PCdoB, e autor de livros sobre a questão palestina. Ele era funcionário comissionado na Câmara há mais de 20 anos e estava no gabinete de Jerry desde o início de 2019, com um salário bruto de R$ 21 mil. A demissão do assessor já foi encaminhada pelo deputado e deve ser formalizada nos próximos dias.
O deputado Márcio Jerry se pronunciou sobre o caso e classificou as postagens do assessor como “gravíssimas e inaceitáveis”. Ele enfatizou que não se trata de debater a questão palestina, mas sim de uma declaração inaceitável sobre um episódio. Jerry ressaltou também que Tenório era um assessor referenciado por várias pessoas.
Em nota divulgada pelo gabinete do parlamentar, foi destacado que a conduta do historiador é “absolutamente individual” e não representa a opinião do deputado. Até o momento, Sayid Marcos Tenório não foi encontrado para comentar o assunto.
Por outro lado, a situação de tensão no Oriente Médio continua. No sábado, 7, o grupo terrorista Hamas invadiu Israel por terra, água e ar, através da Faixa de Gaza, resultando em um dos ataques mais violentos dos últimos anos. O conflito já causou mais de 1.500 mortes, milhares de feridos e reféns.
Nesse contexto, o Brasil também foi afetado, tendo brasileiros mantidos em cativeiro no conflito. Felizmente, na madrugada desta quarta-feira, 11, o primeiro avião da Força Aérea Brasileira (FAB) pousou em solo nacional com brasileiros resgatados. Até o momento, 211 pessoas foram repatriadas.
No entanto, é importante ressaltar que o conflito no Oriente Médio tem acirrado a polarização política no Brasil. Enquanto a direita aponta que apoiadores do governo Lula seriam lenientes com as ações do Hamas, a nota divulgada pelo Itamaraty nesta terça-feira sobre a morte de brasileiros na Faixa de Gaza não mencionou o grupo extremista.
Em meio a esse cenário delicado, é essencial que a diplomacia e o respeito aos direitos humanos prevaleçam, visando à busca de soluções pacíficas e o bem-estar de todos os envolvidos.