Médicos ortopedistas são atacados e mortos por criminosos em quiosque da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro

No último domingo (8), o Fantástico, da Globo, exibiu uma entrevista com Márcia Proença, mãe de Daniel Sonnewend Proença, único sobrevivente do ataque a um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, na madrugada da última quinta-feira (5), onde médicos ortopedistas foram baleados por quatro criminosos.

Márcia revelou que Daniel chorou ao encontrá-la no hospital e disse: “Mãe, meus amigos morreram”. Segundo Daniel, os médicos Marcos de Andrade Corsato, de 62 anos, e Perseu Ribeiro Almeida, de 33 anos, conversaram sobre seus planos para o futuro momentos antes do ataque. Corsato mencionou que seu último filho iria se casar e, após esse evento, ele pretendia diminuir o ritmo de trabalho. Já Ribeiro Almeida falou sobre a necessidade de trabalhar muito devido aos seus filhos pequenos.

Marcos e Perseu acabaram falecendo no local do crime, enquanto Daniel e Diego Ralf de Souza Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL), foram socorridos. Infelizmente, Diego não resistiu e faleceu no hospital ao lado de Daniel. O médico sobrevivente passou por uma cirurgia de dez horas, que envolveu 19 profissionais de saúde. Ele foi atingido por dez tiros, inclusive quando já estava caído, e teve fraturas nos braços, pernas e uma perfuração no intestino. Apesar dos graves ferimentos, Daniel está lúcido e se recuperando.

Em um vídeo gravado no hospital, Daniel tranquilizou seus amigos e familiares, dizendo: “Pessoal, tô bem viu, tá tudo tranquilo, graças a Deus. Só algumas fraturas, mas vai dar certo. A gente vai sair dessa junto. Valeu pela preocupação, obrigado”. Ele também contou que um dos amigos olhou para o relógio durante a conversa e mencionou que era hora de irem embora. Pouco depois disso, ocorreu o ataque.

Os médicos estavam no Rio de Janeiro para participar de um congresso internacional sobre cirurgia minimamente invasiva, que contava com a presença de 300 profissionais brasileiros e estrangeiros. Márcia Proença discorda daqueles que afirmam que os médicos estavam no lugar errado. Ela acredita que seu filho estava no lugar certo, com seus amigos, apenas comemorando e tomando uma cerveja.

A mãe de Daniel também agradeceu pelas correntes de orações realizadas em prol da recuperação do filho e mostrou-se emocionada com o apoio recebido. A investigação sobre o crime continua em andamento e a polícia busca identificar e prender os responsáveis pelo ataque.

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