Médico renomado e mais dois profissionais da saúde são assassinados brutalmente em quiosque na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro

Na última quinta-feira (5), o Rio de Janeiro foi palco de uma tragédia que chocou a população. O renomado médico Marcos Corsato, diretor de Ortopedia e Traumatologia no Hospital das Clínicas, foi assassinado enquanto estava em um quiosque na orla da Barra da Tijuca, na zona oeste. Corsato estava acompanhado de outros três médicos, que também foram alvos do ataque a tiros. Dois deles não resistiram e perderam suas vidas.

Amigos e familiares se reuniram em uma casa de velórios no Pacaembu, zona oeste de São Paulo, para se despedir de Corsato. Coroas de flores foram enviadas ao local, demonstrando o carinho e a saudade que o médico deixou para trás.

Lais Betty Corsato, bióloga e prima de Marcos Corsato, descreveu o momento vivido pelo médico como o auge de sua vida. Estabilizado financeiramente e prestes a aproveitar os frutos de seu trabalho, Corsato era uma referência em sua área, sempre cercado de alunos e admiradores. Sua habilidade em tornar o ambiente mais leve e ajudar a curar o coração das pessoas era reconhecida por todos que o conheciam.

A notícia da morte dos médicos causou espanto em Lais, que afirmou não estar preparada para presenciar tamanha violência. Ela relatou ter ficado chocada com a forma como os médicos foram mortos e também com o assassinato dos supostos autores dos disparos. Segundo informações, esses indivíduos teriam sido mortos pelo crime organizado como uma forma de punição pelo ataque aos médicos.

Lais também destacou a violência e a injustiça presentes no Rio de Janeiro, lamentando o abandono das comunidades e a existência de um “tribunal do crime”, que julga e pune as pessoas de acordo com suas próprias regras. Ela ressalta que a cidade está em um estado de completa vulnerabilidade, necessitando de cuidados e ações efetivas para solucionar os problemas enfrentados.

Marcos Corsato estava no Rio para participar de um congresso internacional sobre cirurgia minimamente invasiva. Além dele, outros dois médicos também perderam suas vidas no ataque: Diego Bonfim, irmão da deputada federal Sâmia Bonfim, e Perseu Ribeiro Almeida. O único sobrevivente, Daniel Sonnewend Proença, encontra-se internado.

As autoridades suspeitam que os médicos tenham sido mortos por terem sido confundidos com um criminoso ligado à milícia de Rio das Pedras. A polícia está investigando se o Comando Vermelho está por trás dos assassinatos, após tomar conhecimento de que os médicos teriam atirado em inocentes, causando grande repercussão nacional.

A morte do médico Marcos Corsa e dos outros médicos é um triste reflexo da violência que assola o Rio de Janeiro e chama a atenção para a necessidade de ações mais efetivas no combate à criminalidade na cidade. A perda dessas vidas é uma grande perda para a sociedade e deixa um vazio irreparável em suas famílias e comunidade médica.

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