Investigação sobre assassinato de médicos confundidos com miliciano continua, diz governador do Rio; facções são chamadas de “máfia”.

No Rio de Janeiro, o governador Cláudio Castro (PL) declarou nesta sexta-feira, 6, que a investigação sobre o assassinato de três médicos na Barra da Tijuca continuará, apesar de um grupo de suspeitos ter sido morto pelos próprios comparsas como forma de punição por terem confundido a vítima. Castro classificou as facções criminosas e milícias que atuam no Estado como uma verdadeira “máfia”.

Os médicos, identificados como Perseu Ribeiro Almeida, Marcos de Andrade Corsato e Diego Ralf Bonfim, foram mortos por engano em um quiosque na Barra da Tijuca. A principal hipótese da polícia é de que os criminosos confundiram um dos profissionais com um miliciano, com base em interceptações telefônicas.

De acordo com a investigação, uma milícia que atua na zona oeste do Rio assassinou um traficante conhecido como Vin Diesel em setembro. Esse crime teria sido cometido sob ordens de Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, líder da milícia. O traficante morto era aliado de Philip Motta Pereira, conhecido como Lesk, que era miliciano e se uniu à facção criminosa Comando Vermelho. Lesk planejava a vingança contra Taillon, que havia sido preso em dezembro de 2020 e cumpriu prisão domiciliar até setembro deste ano.

Na noite de quarta-feira, um criminoso confundiu o médico Perseu Ribeiro Almeida com Taillon e acionou seus comparsas para cometer o crime. Quatro homens foram até o quiosque e mataram Almeida e dois de seus colegas, enquanto o quarto médico conseguiu sobreviver. No entanto, diante do engano e da repercussão do crime, líderes do Comando Vermelho teriam realizado uma reunião para “julgar” Lesk e os criminosos envolvidos no assassinato. Segundo suspeitas da polícia, líderes da facção participaram da reunião por videoconferência, utilizando celulares dentro do presídio de Gericinó, em Bangu.

A repercussão do caso levou o governador Cláudio Castro a classificar as facções criminosas e milícias como uma verdadeira “máfia” que atua em diversas esferas da sociedade. Castro ressaltou que o problema não se restringe ao Rio de Janeiro, mas é um fenômeno nacional. Ele reforçou que as investigações continuarão e que o planejamento das forças de segurança não sofrerá alterações.

O secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli, que esteve no Rio de Janeiro para apoiar o combate ao crime organizado, destacou que a Força Nacional estava pronta para ser enviada ao estado, mas o envio foi adiado devido a questionamentos do Ministério Público Federal. Capelli afirmou que o objetivo é combater o crime organizado, que ameaça a vida, destrói a economia e afronta o estado democrático de direito.

Portanto, as investigações sobre o assassinato dos médicos no Rio de Janeiro estão em andamento, enquanto as autoridades lutam contra o poder da “máfia” formada por facções criminosas e milícias que atuam no estado. A punição dos responsáveis por esse crime bárbaro é uma prioridade e as forças de segurança estão determinadas a combater o crime organizado para proteger a vida e a ordem democrática.

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