Repórter São Paulo – SP – Brasil

Deputada Sâmia Bomfim promete agir contra violência impulsionada pelo “poder paralelo” após o assassinato de seu irmão médico no Rio de Janeiro.

A deputada federal Sâmia Bomfim, do PSOL, anunciou neste sábado sua intenção de unir sua vivência pessoal como irmã de uma vítima de assassinato à sua atuação parlamentar no combate à violência no país. Em entrevista após o enterro de seu irmão, o médico Diego Ralf de Souza Bomfim, Sâmia afirmou que a crise de segurança, principalmente no Rio de Janeiro, é resultado de um “poder paralelo muito profundo e estruturado no país”.

Diego e mais dois colegas de profissão foram mortos a tiros em um ataque na praia da Barra da Tijuca. A suspeita é de que os assassinos tenham confundido um dos médicos com um integrante da milícia de Rio das Pedras. A deputada comentou que a lógica das milícias, que muitas vezes se confundem com o próprio estado, é indignante. Ela ressaltou que não se trata de algo simples, mas sim de uma estrutura profunda e bem organizada, principalmente no estado do Rio de Janeiro.

A deputada, visivelmente emocionada, ressaltou que é preciso buscar justiça não somente nos casos de grande repercussão na imprensa, como o dos médicos, mas também nas tragédias que ocorrem diariamente, muitas vezes em locais menos visíveis e à margem da sociedade. Ela afirmou que lutará por todas as pessoas invisibilizadas, que sofrem com a violência sem receber a devida atenção.

Diego Bomfim era um profissional em ascensão na carreira e estava no Rio para participar de um congresso internacional sobre cirurgia minimamente invasiva. Além dele, também foram mortos no ataque os médicos Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida. O único sobrevivente, Daniel Sonnewend Proença, está internado.

O enterro do médico ocorreu no Cemitério Municipal Campal, em Presidente Prudente. Sâmia Bomfim, além de parlamentar, é irmã de uma vítima e agora se dedica a unir essas duas condições para combater a violência no país. É a partir de experiências pessoais como essa que políticos se tornam mais sensíveis e engajados em lutar por mudanças efetivas. O ocorrido traz à tona a urgência em buscar soluções para a crise de segurança no Rio de Janeiro e em todo o país, para que tragédias como a que vitimou Diego Bomfim não se repitam.

Sair da versão mobile