Comunidade se despede do médico Perseu Ribeiro, vítima de assassinato no Rio de Janeiro

A cidade de Ipiaú, localizada no sul da Bahia, foi palco de uma emocionante despedida neste sábado (7) ao médico Perseu Ribeiro Almeida, um dos ortopedistas mortos em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Centenas de pessoas se reuniram para prestar suas últimas homenagens a esse profissional dedicado.

Após aproximadamente 20 minutos de trajeto entre o cemitério e o local do velório, o sepultamento ocorreu em meio a muita comoção. Amigos e familiares do médico destacaram sua dedicação à medicina e o impacto positivo que ele deixou na vida de muitas pessoas.

Elieda Maria de Almeida Ribeiro, mãe de Perseu, emocionada, ressaltou o legado do filho e a tristeza que a família está enfrentando. Em breves discursos, ela destacou a simplicidade e generosidade do médico, que conquistou o carinho e respeito de muitas pessoas.

O corpo de Perseu foi transladado para o aeroporto de Ipiaú na sexta-feira (6), em uma aeronave fretada pelo Governo da Bahia. Na ocasião, o governador Jerônimo Rodrigues visitou a residência da família e expressou sua solidariedade.

A morte de Perseu e outros dois colegas médicos ocorreu na madrugada da última quinta-feira (5), quando foram vítimas de um ataque a tiros no quiosque da Barra da Tijuca. A polícia suspeita que os assassinos confundiram o ortopedista baiano com um miliciano da zona oeste carioca.

A comoção em torno do falecimento de Perseu ultrapassou os limites dos entes queridos e se estendeu à comunidade local. Em uma demonstração de solidariedade e respeito, comerciantes fecharam as portas de suas lojas por 30 minutos na manhã deste sábado.

Perseu Almeida, natural de Ipiaú, seguiu os passos do pai, também ortopedista, e escolheu a medicina como profissão. Formado pela faculdade UniFTC, em Salvador, ele se especializou em cirurgia de pé e tornozelo pelo Hospital das Clínicas da USP, em São Paulo.

Nos últimos anos, Perseu dividiu seu tempo entre as cidades de Ipiaú e Jequié. Em sua cidade natal, atendia no Hospital geral de Ipiaú e comandava a Cliorti, clínica ortopédica que pertenceu a seu pai. Em Jequié, fixou residência com a esposa e filhos e passou a trabalhar no departamento de ortopedia do Hospital Geral Prado Valadares.

Profissional qualificado e dedicado, Perseu era conhecido por sua amizade, tranquilidade e comprometimento. Sua morte prematura em circunstâncias violentas deixou seus colegas consternados. As bandeiras foram hasteadas a meio mastro e uma faixa de luto foi pendurada na frente do hospital Prado Valadares, onde ele trabalhava.

A comunidade de Ipiaú e todos aqueles que tiveram a oportunidade de conhecer e ser cuidados por Perseu Almeida sentem uma perda imensurável. Sua trajetória como médico exemplar e ser humano generoso será sempre lembrada, e seu legado continuará vivo.

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