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Presidente do STF se reúne com centrais sindicais para discutir contribuição assistencial e FGTS

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, participou de uma reunião nesta sexta-feira (6) na cidade de São Paulo com os líderes das três maiores centrais sindicais do país: União Geral dos Trabalhadores (UGT), Força Sindical e Central Única dos Trabalhadores (CUT). O encontro teve como foco principal a discussão sobre a contribuição assistencial e questões relacionadas ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Segundo informações fornecidas pelo STF, a reunião teve como objetivo estabelecer um canal de diálogo com o Poder Judiciário a respeito de assuntos de interesse dos trabalhadores em nível nacional. A gestão do ministro Barroso tem como diretriz aprimorar o relacionamento com a sociedade, e esse encontro faz parte dessas iniciativas.

De acordo com o STF, a realização dessa reunião já havia sido acordada durante a posse do ministro Barroso como presidente da Corte, na semana anterior. O encontro ocorreu em um momento oportuno, pois o Supremo agendou para o dia 18 de outubro a retomada do julgamento sobre a correção pela inflação do saldo das contas do FGTS, que havia sido suspenso anteriormente por um pedido de vista do ministro Nunes Marques.

Em relação à contribuição assistencial, há uma divergência em andamento com o Congresso Nacional desde que o Supremo acolheu um recurso no mês passado e autorizou a cobrança dessa contribuição, mesmo para trabalhadores não filiados aos sindicatos. No entanto, foi garantido o direito de recusa por parte dos trabalhadores.

A nova decisão do Supremo determina que os trabalhadores precisam apresentar uma negativa caso não queiram contribuir com a assistência aprovada em assembleia. Vale ressaltar que em 2018, o STF já havia declarado a constitucionalidade do fim da contribuição sindical obrigatória, que foi extinta pela reforma trabalhista de 2017.

Recentemente, o Senado aprovou um projeto de lei que proíbe qualquer cobrança sem autorização expressa do trabalhador, seja de contribuição sindical, assistencial ou de outra natureza. Nesse contexto, o ministro Barroso tem defendido a contribuição assistencial como um direito dos sindicatos, para que eles possam ser recompensados pelas vantagens obtidas em benefício dos trabalhadores.

Essa reunião entre o presidente do STF e os dirigentes das centrais sindicais é um importante passo para a construção de um diálogo mais aberto e efetivo entre o Poder Judiciário e a sociedade. A discussão sobre questões trabalhistas é fundamental para a garantia dos direitos e interesses dos trabalhadores brasileiros.

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