A autora menciona a urgência que sente em falar sobre a morte em um canal como esse, porém nem sempre tem algo novo ou diferente a dizer. Ela observa que várias teorias da conspiração foram levantadas em grupos de Whatsapp, mas prefere não discuti-las. Em vez disso, ela deseja falar sobre as pessoas envolvidas no caso.
A autora destaca que, na era das redes sociais, muitos se sentem especialistas em segurança pública e opinam sobre as respostas para o crime. Ela menciona que vivemos diariamente a violência das milícias, das polícias e a impunidade, e usa essas experiências para apontar dedos, especialmente quando as investigações parecem avançar rápido demais.
No entanto, a autora ressalta que é importante lembrar das pessoas que morreram. Ela se pergunta quem são os médicos que foram assassinados e destaca que suas famílias estão enlutadas. A autora critica o fato de que nos jornais há poucas informações sobre quem essas pessoas eram e o que elas significavam para quem ficou.
A autora observa que quando há mortes de crianças em favelas, muitas vezes as pessoas querem saber se elas estavam envolvidas com o tráfico ou se estavam no lugar errado na hora errada. Ela destaca que isso não acontece quando se trata de pessoas brancas e afirma que não estamos interessados em suas histórias e suas vidas.
A autora conclui dizendo que não devemos banalizar a morte, mas também não devemos banalizar a existência das pessoas. Ela ressalta o medo que tem de morrer de uma morte evitável e de como sua morte pode se tornar a coisa mais importante de sua vida. Ela convida aqueles que conheciam as vítimas a compartilharem suas histórias nas redes sociais do projeto Morte sem Tabu.