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Alunos da Escola Politécnica da USP aprovam fim da greve em plebiscito histórico

Os alunos da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo) aprovaram o fim da greve por meio de um plebiscito homologado nesta sexta-feira (6). Metade dos quase 5.000 estudantes votaram, sendo que 1.214 foram contrários à continuidade da paralisação, 1.129 foram favoráveis ​​e 71 se abstiveram.

Com essa decisão, a Escola Politécnica se torna a primeira unidade a encerrar a greve na Cidade Universitária. As demais unidades realizarão uma assembleia conjunta na próxima segunda-feira (9) para definir o futuro do movimento que começou em 18 de setembro devido à falta de professores na instituição.

A decisão dos alunos da Escola Politécnica ocorreu após uma proposta feita pela reitoria para encerrar a greve. Durante as negociações, a administração se comprometeu a contratar 148 professores temporários em um prazo de 45 dias, distribuindo-os para os cursos que mais precisam.

Essa proposta dividiu os manifestantes, que debaterem sobre o retorno às atividades nos diretórios e associações. No entanto, os membros da Adusp (Associação de Docentes da Universidade de São Paulo) decidiram continuar com a paralisação até a próxima terça-feira (10), seguindo a diretriz dos estudantes participantes da reunião de segunda-feira.

A greve envolveu alunos de todas as unidades da USP na capital, começando com a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) em 18 de setembro. Os organizadores conseguiram expandi-la também para os campi do interior. Durante os debates, surgiram novas demandas, que foram sintetizadas em cinco pontos: contratação de professores, aumento do auxílio para permanência estudantil, melhorias estruturais na USP Leste, realização de um vestibular indígena e valorização dos direitos estudantis.

A contratação de novos docentes foi o tema mais discutido, com os estudantes apresentando três exigências: o retorno do gatilho automático para a contratação de professores, estabelecimento de um número mínimo de educadores para garantir o funcionamento dos cursos e o fim do critério de excelência ou mérito para a distribuição de novas vagas para as unidades que mais precisam.

Agora, resta aguardar a decisão das demais unidades da USP para saber se a greve será encerrada definitivamente em toda a universidade. A contratação dos professores temporários prometida pela reitoria é um passo importante para resolver o déficit de docentes e garantir o funcionamento adequado dos cursos.

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