O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (5) vendido a R$ 5,169, representando uma alta de R$ 0,016 (+0,31%). Durante a primeira hora de negociação, a cotação chegou a operar próximo da estabilidade, mas disparou após a abertura do mercado norte-americano, atingindo R$ 5,19 no seu pico do dia.
Com esse desempenho, a moeda norte-americana alcançou o seu maior valor desde 27 de março. Desde os primeiros dias úteis de outubro, o dólar acumula uma alta de 2,82%, mas registra uma queda de 2,1% em 2023.
Além disso, o mercado de ações também apresentou uma situação tensa. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia em 113.285 pontos, no menor patamar desde 5 de junho. Apesar do aumento das ações de petroleiras, mineradoras e bancos, a queda das ações de varejistas impactou negativamente o índice.
O dólar teve a maior sequência de altas no mundo em nove anos, especialmente antes da divulgação do relatório de emprego nos Estados Unidos, previsto para esta sexta-feira (6). Caso a economia norte-americana gere mais empregos do que o esperado, aumentam as expectativas de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) eleve as taxas de juros antes do fim do ano.
Além disso, as taxas dos títulos de longo prazo do Tesouro norte-americano atingiram o maior nível desde 2007, estimulando a fuga de capital de países emergentes, como o Brasil.
No cenário interno, a valorização de algumas commodities, como o petróleo, e a alta recente do dólar dificultam a tarefa do Banco Central brasileiro de continuar reduzindo a taxa Selic em 1 ponto percentual até o fim do ano, conforme previsto pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Isso ocorre porque o aumento do dólar já está pressionando os preços no atacado, de acordo com o BC.
Vale destacar que a Agência Brasil está publicando matérias sobre o fechamento do mercado financeiro apenas em ocasiões extraordinárias, e que a cotação do dólar e o nível da bolsa de valores não são mais informados diariamente.
*Com informações da Reuters.