No contexto político, Sâmia se tornou vereadora em São Paulo em 2016 e foi eleita como deputada federal em 2018, sendo reeleita em 2022 com uma expressiva quantidade de votos. Entre suas principais bandeiras estão o feminismo, a defesa da educação pública, do Sistema Único de Saúde (SUS), da cultura e dos direitos humanos, além das pautas relacionadas à comunidade LGBTQIA+, aos negros, à juventude e aos trabalhadores. Ela também prioriza a luta pelo acesso à moradia, à segurança alimentar, à cidade e pelo combate à extrema direita.
Atualmente, Sâmia é vice-líder do bloco formado pelo PSOL e pela Rede na Câmara dos Deputados. Além disso, ela integrou a CPI do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e é membro da Comissão de Constituição e Justiça. De acordo com informações do site da Câmara, ela não possui nenhuma falta nas sessões de plenário em 2023.
Em 2022, a deputada registrou um boletim de ocorrência por ameaças que ela e sua família receberam, incluindo o seu companheiro, o também deputado Glauber Braga (PSOL-RJ).
No entanto, o irmão de Sâmia, Diego Ralf de Souza Bomfim, foi assassinado juntamente com outros dois médicos no Rio de Janeiro, sendo que um quarto homem ficou ferido. Investigações preliminares apontam para a hipótese de execução, evidenciada pelas imagens de câmeras de segurança que mostram criminosos descendo de um veículo atirando e retornando ao local para realizar mais disparos.
Até o momento, não há informações oficiais que relacionem o assassinato com a atuação política da deputada. No entanto, diversas figuras públicas manifestaram solidariedade a Sâmia, destacando sua coragem e determinação como parlamentar.
Glauber Braga, companheiro de Sâmia e também deputado federal pelo PSOL, está em seu quarto mandato na Câmara e é um dos vice-líderes do bloco formado pelo PSOL e pela Rede. Natural de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, Glauber é bacharel em direito e tem como principais pautas a luta contra o novo ensino médio e a reestatização da Eletrobras. O novo modelo de ensino médio implementado pelo ex-presidente Michel Temer foi criticado por especialistas e o governo de Luiz Inácio Lula da Silva suspendeu sua aplicação, ainda sem apresentar uma nova proposta. Já em relação à Eletrobras, o processo de privatização ocorreu durante o governo de Jair Bolsonaro e Lula tem se posicionado criticamente em relação à venda das ações da estatal, buscando retomar o poder do governo na empresa.
Dessa forma, a morte trágica do irmão de Sâmia Bonfim e a atuação política da deputada chamaram a atenção da imprensa e de seus colegas parlamentares, ressaltando a importância de uma investigação aprofundada sobre o caso.