Durante a greve de terça-feira, o sindicato descumpriu uma determinação judicial que exigia que 80% do efetivo trabalhasse durante todo o dia, com 100% da equipe nos horários de pico.
De acordo com o Sindicato dos Metroviários, a nova assembleia está sendo realizada porque, na reunião que decidiu pelo término da greve na terça-feira, não houve maioria dos votantes. Enquanto 79% optaram pelo fim da paralisação, apenas 39% votaram contra a realização de uma nova assembleia ou greve na próxima semana.
A assembleia começou às 18h30 na sede do sindicato, localizada no Tatuapé, zona leste da capital paulista. Na pauta estão três tópicos principais: a realização de uma nova greve pela retirada dos pregões de terceirização do atendimento e da manutenção, a definição da data para essa greve e a retomada do uso dos coletes de protesto.
A presidenta do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, destacou a importância da mobilização dos trabalhadores para pressionar o governador Tarcísio de Freitas a abrir um debate com a sociedade sobre as privatizações. Ela ressaltou que a paralisação serviu ao seu objetivo de chamar a atenção para o projeto do governador, que já incluiu a venda da Sabesp no orçamento de 2024 sem consultar a população.
Na terça-feira, o governador classificou a greve como ilegal e acusou os sindicatos de agirem com “clara motivação política”. Já os metroviários argumentam que a privatização das empresas afetará tanto a qualidade dos serviços prestados quanto as condições de trabalho dos funcionários.
Segundo Lisboa, já estão marcados pregões de terceirização dos serviços de atendimento do Metrô e da manutenção da linha 15-prata do monotrilho, além de um leilão de concessão da linha 7-rubi da CPTM. Por isso, uma nova greve poderia ocorrer antes do primeiro pregão, na segunda-feira (9) ou na terça-feira (10).
A decisão sobre a realização de uma nova greve será tomada pelos metroviários durante a assembleia desta quinta-feira.