A degradação do habitat é a principal ameaça para 93% das espécies já consideradas criticamente em perigo. Doenças e outros impactos associados a humanos, como poluição, também figuram entre as principais causas de ameaça à extinção. No caso do Brasil, país com a maior biodiversidade de anfíbios do mundo, esses impactos vêm principalmente da devastação de áreas preservadas para a agropecuária e da fragmentação de florestas.
O estudo revelou que 40,7% das espécies de anfíbios avaliadas possuem algum grau de ameaça, um aumento em relação a dados anteriores. A avaliação também revelou o aumento preocupante do número de espécies ameaçadas no Brasil, passando de 37 em 2004 para 189 em 2022. Além disso, 26 espécies foram classificadas como possivelmente extintas, uma vez que não foram avistadas em áreas naturais há décadas.
Por outro lado, ações de conservação tiveram sucesso em melhorar a classificação de pelo menos nove espécies no território nacional. No entanto, a epidemia global de fungos tem causado declínios populacionais em diversos países do mundo, especialmente nas raças e tubarões, mamíferos, répteis e aves. Salamandras, um tipo de anfíbio, são particularmente vulneráveis à infecção fúngica. Cerca de três em cada cinco espécies de salamandras estão ameaçadas de extinção, principalmente por causa da devastação do habitat e mudanças climáticas.
Os anfíbios são importantes para os ecossistemas, pois desempenham funções essenciais, como a descoberta de novos compostos médicos e o controle da população de insetos. A preservação e restauração das populações de anfíbios são uma das soluções para a crise global do clima, uma vez que eles têm um papel-chave na saúde dos ecossistemas. Portanto, é fundamental proteger e restaurar florestas para salvaguardar a biodiversidade e combater as mudanças climáticas.