Essa revisão para cima se deve, principalmente, aos efeitos positivos de uma colheita agrícola forte e do avanço firme das exportações. A Unctad reconheceu que esses fatores tiveram um impacto significativo na economia brasileira e contribuíram para impulsionar o crescimento.
No entanto, a expectativa da Unctad é que o avanço da atividade econômica no Brasil desacelere para 2,3% em 2024. Segundo a entidade, isso se deve a uma série de fatores, incluindo os efeitos defasados do aperto monetário e o aumento nos níveis de dívida privada.
A Unctad ressaltou que a expansão fiscal prevista para 2023 deverá compensar essas forças recessivas, mas alertou que o impulso fiscal para 2024 poderá se tornar negativo, dependendo das negociações políticas. Essa incerteza em relação ao futuro fiscal do país também contribui para a revisão para baixo da previsão de crescimento para o próximo ano.
Apesar dessa desaceleração esperada em 2024, a Unctad ainda avalia positivamente o desempenho econômico do Brasil. A instituição destacou que a expansão projetada para este ano é uma das mais altas entre as economias em desenvolvimento, o que indica que o país está se recuperando de maneira sólida e sustentável.
Essa previsão otimista da Unctad reforça a crescente confiança na economia brasileira. Nos últimos meses, diversos indicadores têm apontado para uma recuperação consistente, impulsionada pelo agronegócio e pelo setor exportador. Resta agora acompanhar de perto as políticas fiscais do governo para garantir que elas estejam alinhadas com esse cenário positivo e contribuam para impulsionar ainda mais o crescimento econômico nos próximos anos.