A enfermeira Tatiana Souza, de 41 anos, relatou que sua rotina foi completamente alterada pela greve. Normalmente, ela utiliza as linhas Vermelha e Azul do Metrô para chegar ao trabalho, o que leva cerca de 45 minutos. No entanto, devido à paralisação, ela terá que fazer um trajeto mais longo, utilizando a CPTM e outras linhas do Metrô, o que deve levar pelo menos o dobro do tempo.
Maria Adelina, empregada doméstica de 42 anos, também teve que se adaptar à paralisação. Ela decidiu utilizar ônibus para chegar ao seu local de trabalho no Morumbi, mas prevê dificuldades devido à lotação dos veículos. A técnica de enfermagem Katia Angelina, de 38 anos, optou por pedir um carro de aplicativo, porém, mesmo solicitando com antecedência, percebeu que os preços estavam mais elevados do que o habitual.
Alguns passageiros foram pegos de surpresa com os portões fechados nas estações. Josemir Teixeira, pintor de 29 anos, morador da divisa com Diadema, relatou que sua empresa não o informou sobre a paralisação e ele teve que encontrar uma alternativa para chegar ao trabalho. Os metroviários orientaram alguns trabalhadores a tirarem fotos dos portões fechados para justificar a falta no trabalho.
Apesar dos transtornos causados aos usuários, parte da população demonstrou apoio à greve, embora não compreenda completamente as reivindicações. Muitos acreditam que a paralisação se deve ao pedido de aumento salarial, no entanto, a pauta dos metroviários é barrar possíveis privatizações dos serviços de transporte público.
A greve no Metrô e na CPTM em São Paulo continuará ao longo do dia, causando dificuldades para os usuários e exigindo que as pessoas busquem alternativas para chegar aos seus destinos. A população espera uma solução rápida para o impasse entre os trabalhadores e as empresas de transporte público, a fim de evitar novas paralisações no futuro.