Funcionários terceirizados do Aeroporto de Guarulhos protestam contra proibição de uso de celulares e pedem revisão da norma.

Nesta terça-feira (3), os funcionários terceirizados do Aeroporto Internacional de Guarulhos realizaram um protesto contra a proibição do uso de celulares nos setores de carga e descarga dos terminais. A medida foi implementada após o caso de duas brasileiras que foram presas erroneamente na Alemanha devido à troca das malas originais por outras contendo drogas, realizada por funcionários do aeroporto.

A concessionária responsável pela administração do aeroporto, GRU Airport, divulgou uma nota informando que, devido à paralisação dos trabalhadores terceirizados e à greve do transporte público em São Paulo, a empresa acionou uma operação de contingência. A GRU Airport também orientou os passageiros a entrarem em contato com as companhias aéreas antes de embarcar para obter informações atualizadas sobre o status dos voos.

A Latam, por meio de uma nota, também informou que os voos de hoje com origem ou destino em Guarulhos poderiam sofrer atrasos ou cancelamentos devido à manifestação dos funcionários terceirizados. A empresa recomendou aos passageiros que consultassem com antecedência o status do seu voo no site. Além disso, a Latam informou que os passageiros afetados pela greve poderiam remarcar a viagem sem pagar multa e diferença tarifária ou solicitar reembolso integral.

A Azul, outra companhia aérea, informou que houve atraso em um dos voos (AD 2959) que partiria de Guarulhos com destino ao Recife. A empresa se desculpou pelo transtorno e garantiu que os passageiros estavam recebendo toda a assistência necessária. A reportagem entrou em contato com a Gol, mas, até o momento, não obteve resposta.

Além das manifestações dos funcionários terceirizados, a Receita Federal também confirmou que estabeleceu regras para o acesso de telefones celulares e equipamentos com captação de imagens nas áreas de carga aérea, áreas controladas, áreas restritas de segurança dos terminais de passageiros e pátios do aeroporto. De acordo com a Receita, a norma foi discutida e aprovada pela comunidade aeroportuária e é necessária para combater as ações do crime organizado, que utiliza celulares pessoais para registrar operações sensíveis do ponto de vista econômico e de segurança.

A proibição do uso de celulares particulares se aplica apenas às áreas mais sensíveis, como armazéns, pátio e pista. Nestas áreas, é permitido o uso de celulares institucionais, que não permitem a captação e divulgação de imagens. A medida visa proteger a privacidade dos envolvidos e a segurança de toda a comunidade. A comunicação entre funcionários e o público externo continua sendo realizada por telefone fixo.

Com essas mudanças e manifestações, é importante que os passageiros fiquem atentos e se informem sobre o status de seus voos antes de se dirigirem ao aeroporto. A situação pode sofrer alterações e é fundamental obter orientações atualizadas diretamente das companhias aéreas.

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