Concessionárias Rumo, MRS e VLI assumem administração de ferrovia interna no Porto de Santos

A ferrovia interna do porto de Santos, com 100 quilômetros de trilhos, agora está sob a administração de uma empresa formada pelas concessionárias Rumo, MRS e VLI. A gestão teve início no último domingo (1) e marca uma mudança significativa no transporte ferroviário dentro do principal porto do país.

Até então, a administradora das vias do porto de Santos era a Portofer. No entanto, a nova empresa, chamada FIPS (Ferrovia Interna do Porto de Santos), assume a responsabilidade pela gestão, operação, manutenção e expansão da ferrovia no local. A concessão tem duração de 35 anos e pode ser renovada por mais 35 anos.

Com cerca de 15,5 quilômetros quadrados, o porto de Santos é um dos mais movimentados do país, recebendo cerca de 30% das exportações brasileiras. Com 55 terminais distribuídos entre as margens direita e esquerda, a infraestrutura portuária é essencial para o comércio exterior do Brasil.

Atualmente, 30% das mercadorias que chegam ao porto são transportadas por meio de seis ferrovias operadas pelas empresas Rumo, MRS e VLI. Essas ferrovias, nomeadas malhas Paulista, Norte, Oeste e Central (Rumo), Corredor Centro-Sudeste (VLI) e Santos-Jundiaí (MRS), são essenciais para garantir a eficiência do transporte de carga no complexo portuário.

Para expandir a capacidade ferroviária do porto de Santos, a FIPS tem o compromisso de investir pelo menos R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos. Dentre as obras previstas, destacam-se a construção de um pátio ferroviário, viadutos e passarelas para melhorar a infraestrutura do local.

Em uma cerimônia realizada nesta terça-feira (3), a APS (Autoridade Portuária de Santos) e dirigentes da FIPS marcaram o início do prazo de contrato da nova concessionária. A capacidade ferroviária do porto está próxima da saturação, com 94% de uso, e espera-se que ela dobre nos próximos cinco a dez anos.

O contrato estabelece uma gestão cooperativa entre as empresas, com o compartilhamento de custos e sem finalidade lucrativa. A cada dois anos, serão feitos chamamentos públicos para a entrada de novos associados, de acordo com a APS.

Futuros projetos da FIPS precisarão ser aprovados pela Autoridade Portuária de Santos, garantindo a adequação e eficiência das obras no porto de Santos. A expectativa é que, com essas melhorias, a capacidade ferroviária do complexo portuário chegue a 115 milhões de toneladas por ano, um aumento significativo em relação aos 51 milhões de toneladas atuais.

A nova gestão da ferrovia interna do porto de Santos é uma importante medida para melhorar a infraestrutura portuária do país e aumentar a eficiência no transporte de cargas. Com investimentos e obras planejados, espera-se uma expansão significativa da capacidade ferroviária nos próximos anos, impulsionando o comércio exterior brasileiro.

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