Governo do Rio de Janeiro inicia ações de segurança em parceria com forças federais no Complexo da Maré

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), anunciou que as ações de segurança no estado, em parceria com as forças federais, começarão pelo Complexo da Maré e poderão se estender para outras áreas. Segundo o governador, o planejamento e a inteligência serão feitos em conjunto com o governo federal, porém, a entrada no complexo será liderada pelas forças estaduais que já estão familiarizadas com o ambiente.

Nesta segunda-feira (2), foi divulgado que 300 homens da Força Nacional e 250 da Polícia Rodoviária Federal serão enviados para o Rio de Janeiro para auxiliar nas ações de segurança.

Castro afirmou que haverá um diálogo constante entre as forças federais e estaduais e que as ações serão realizadas enquanto forem necessárias. A expectativa é que, a partir da Maré, as investigações se expandam para outras áreas.

Na semana passada, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, esteve no Rio de Janeiro e anunciou, juntamente com Castro, que haveria ações policiais com o apoio do governo federal no Complexo da Maré. Entretanto, os detalhes da “Operação Maré” não foram divulgados na ocasião.

No anúncio realizado nesta segunda-feira, o ministro Flávio Dino afirmou que o planejamento de políticas de segurança pública não pode prescindir de ações imediatas, rebatendo críticas direcionadas à pasta nos últimos dias. O programa nacional de enfrentamento às organizações criminosas, chamado de Enfoc, busca promover a integração institucional e das redes de informação. Estima-se que serão investidos R$ 900 milhões até 2026, e um plano de ação será apresentado nos próximos 60 dias.

A operação no Complexo da Maré foi anunciada após a divulgação de imagens de criminosos em treinamento de guerrilha dentro de uma área de lazer no conjunto de favelas. A investigação, que durou dois anos, identificou mais de mil criminosos que controlam a região. As facções presentes na Maré incluem o Comando Vermelho, Terceiro Comando Puro e milicianos, de acordo com a ONG Redes da Maré.

Com a entrada das forças federais e estaduais no Complexo da Maré, espera-se que seja possível diminuir a influência do crime organizado na região, proporcionando maior segurança para os moradores e rompendo o poderio das facções criminosas que controlam a área. A expectativa é de que a operação seja um ponto de partida para a intensificação das ações de combate ao crime em outras regiões do estado do Rio de Janeiro.

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