Governo de São Paulo critica greve convocada por sindicatos de transporte público e classifica paralisação como “ilegal e abusiva”.

O governo de Tarcísio de Freitas, do partido Republicanos, emitiu uma nota na tarde desta segunda-feira (2) criticando a greve convocada por sindicatos de trabalhadores do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp, que está programada para esta terça-feira (3). Segundo o governo, a paralisação é considerada “ilegal e abusiva” e prejudica a população que depende do transporte público.

Em outro trecho da nota, o governo classifica como “absolutamente injustificável” que o direito constitucional de greve seja utilizado pelos sindicatos como forma de atacar politicamente a atual gestão. Também é dito que os sindicatos estão atuando de maneira irresponsável e antidemocrática para se opor aos planos de privatização propostos pelo governador de São Paulo.

Os sindicatos, por sua vez, afirmam que os trabalhadores estão em greve para defender a manutenção dos serviços públicos de transporte e água com qualidade. O sindicato dos metroviários, por exemplo, informou em nota que apresentou um recurso judicial para que as catracas sejam liberadas durante a paralisação, e caso isso aconteça, eles abrirão mão da greve.

Enquanto isso, o Sintaema, que representa os funcionários da Sabesp, afirma que a greve ainda não foi julgada e, portanto, não pode ser considerada ilegal. O sindicato ressalta a importância da greve para garantir o direito à água, transporte e saneamento públicos, com serviços de qualidade e tarifas justas.

A justiça proibiu a liberação das catracas durante a greve, argumentando que isso poderia causar tumultos e acidentes nas estações. O governo estadual concorda com essa decisão, alegando que a liberação das catracas representa um alto risco para a segurança dos usuários.

No comunicado divulgado pelo governo de São Paulo, é ressaltado que a proposta de privatização está respaldada pelas leis brasileiras e tem como objetivo melhorar a prestação dos serviços públicos à população. O governo afirma que a divulgação das etapas do processo de privatização foi feita de maneira transparente e que a população deve participar do debate por meio de audiências públicas, não através de greves que impedem o direito de ir e vir dos cidadãos.

O governo de São Paulo está trabalhando para evitar que a população seja prejudicada pela greve, e o Tribunal Regional do Trabalho já determinou a manutenção dos serviços de transporte em 100% nos horários de pico e 80% nos demais períodos, além de 85% do contingente da Sabesp. A Justiça também proibiu a liberação das catracas, levando em consideração os riscos de tumultos e acidentes.

O governo reforça seu compromisso em garantir a ordem pública e os direitos dos cidadãos que dependem dos serviços públicos. Segundo o governo, os servidores da Sabesp, do Metrô e da CPTM merecem líderes sindicais que respeitem a legalidade e priorizem o atendimento à população.

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