A paralisação afetará as linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 15-prata do Metrô, enquanto na CPTM as expectativas apontam para a paralisação de todas as linhas administradas pela empresa pública. Por outro lado, as linhas 4-amarela e 5-liás do metrô, assim como as linhas 8-diamante e 9-esmeralda, seguirão operando normalmente, pois são administradas por empresas concessionárias do grupo CCR.
No entanto, decisões na Justiça do Trabalho determinaram que tanto o Metrô quanto a CPTM funcionem com capacidade total nos horários de pico, enquanto nos demais horários os funcionários devem garantir 80% do efetivo. Além disso, os funcionários pleitearam na Justiça o direito de substituir a paralisação por um protesto com catracas livres, o que foi negado pelo TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região), com a juíza Raquel Gabbai de Oliveira aceitando o argumento da companhia sobre os riscos de tumulto e acidentes.
Vale lembrar que esta será a segunda greve no Metrô em 2023, sendo que a última ocorreu em março, quando os metroviários fizeram uma paralisação de dois dias, reivindicando reajustes salariais e melhoria das condições de trabalho.
Os sindicatos argumentam que as concessões de linhas de transporte e da operação da rede de água e esgoto irão piorar a qualidade dos serviços, citando como exemplo o aumento das falhas nas linhas 8-diamante e 9-esmeralda, administradas pela ViaMobilidade. O governador também encomendou estudos para privatizar todas as linhas remanescentes da CPTM e tem a intenção de fazer o mesmo com as linhas do Metrô administradas diretamente pela empresa pública, além de preparar o projeto de lei que autorizaria o repasse da Sabesp à iniciativa privada.
Atualmente, os trabalhadores das três categorias estão realizando um plebiscito independente para que a população possa expressar sua opinião sobre a privatização dos serviços de transporte e saneamento. A consulta teve início em setembro e deve durar até novembro, com urnas disponíveis em estações do sistema metroferroviário, escolas, sedes de movimentos sociais e algumas igrejas, entre outros locais.
Os sindicatos ressaltam que a eleição de Tarcísio no ano passado não significa uma aprovação automática das privatizações e afirmam que a população deveria ser consultada especificamente sobre esses projetos. Além disso, eles argumentam que o governo estadual não tem respondido às tentativas de diálogo dos funcionários.