STF determina prazo ao Congresso para aprovação de lei de licença-paternidade

Nesta sexta-feira (29), o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos para determinar ao Congresso a aprovação de uma lei que garanta a implementação da licença-paternidade. A decisão foi tomada por 7 votos a 1 e estabelece um prazo de 18 meses para que os parlamentares criem as regras desse benefício. Caso o Congresso não aprove a lei nesse período, a licença-paternidade deverá seguir as mesmas regras da licença-maternidade, que atualmente tem duração de 120 dias.

A ação que levou a essa decisão foi protocolada em 2012 pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS). A entidade argumentou que apesar da licença-paternidade ter sido garantida na Constituição, desde sua promulgação ela não foi regulamentada pelo Congresso Nacional. Com isso, houve uma omissão por parte dos parlamentares que conflita com o direito dos pais de usufruírem desse benefício.

O julgamento ocorreu de forma virtual, um sistema no qual os ministros inserem seus votos em um sistema eletrônico, sem a necessidade de uma deliberação presencial. O relator do caso foi o primeiro a votar e, em seguida, os demais ministros seguiram com os seus votos até o horário limite estabelecido pelo sistema.

Agora, com o entendimento do STF, o Congresso Nacional terá um prazo determinado para criar as regras da licença-paternidade. Essa nova legislação será essencial para garantir que os pais tenham o direito de se ausentar do trabalho para cuidar de seus filhos recém-nascidos, sem que isso traga prejuízos para suas carreiras ou estabilidade profissional.

Com a decisão da Suprema Corte, espera-se que o Congresso se mobilize e aprove, o mais rápido possível, a lei que regulamenta a licença-paternidade. Esse é um marco importante na busca pela igualdade de gênero e na promoção de uma maior participação dos pais na criação e cuidado com seus filhos. É preciso que a sociedade esteja cada vez mais engajada em valorizar a paternidade e garantir que os pais tenham os mesmos direitos e oportunidades que as mães. Vamos aguardar os próximos passos desse processo e acompanhar de perto a atuação do Congresso Nacional para que essa decisão seja efetivamente implementada.

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