Um dos destaques da exposição são as réplicas em tamanho real dos dois principais aviões criados por Santos Dumont, o Demoiselle e o 14-bis. O Demoiselle foi o primeiro avião do mundo a voar e o 14-bis foi o veículo responsável pelo famoso voo do Campo de Bagatelle, em Paris, que marcou um marco histórico na aviação. Além disso, um caça F5 da Aeronáutica também estará em exposição.
Essas réplicas foram construídas pelo Museu Aeroespacial e agora farão parte do acervo do Museu Catavento. A exposição, que possui uma área de 500 metros quadrados, abrange tanto a área interna quanto a externa do museu, onde os visitantes poderão admirar de perto os aviões e aprender mais sobre a história de Santos Dumont.
A mostra é patrocinada pelo Grupo Ultra, por meio de suas empresas Ultragaz, Ultracargo e Ipiranga, e pela Embraer, com o apoio da Força Aérea Brasileira e de outros parceiros importantes, como o Museu Aeroespacial, Museu Paulista, Instituto Cultural Santos Dumont e a Fundação Casa de Cabangu, responsável pela administração do Museu Casa Natal de Santos Dumont.
A exposição começa explorando os primeiros interesses de Santos Dumont pela ciência e pela mecânica, mostrando as experiências que ele realizou na fazenda de café de sua família. Os visitantes terão a oportunidade de conhecer suas primeiras aventuras no mundo da mecânica, incluindo a criação de automóveis, motocicletas e outras invenções engenhosas.
A mostra, por meio de painéis visuais interativos e dioramas detalhados, revela as muitas paixões de Dumont que o levaram a se tornar um grande inventor. A exposição destaca a importância de Paris em sua vida, onde ele teve pontos marcantes em sua carreira.
A exposição também explora a conexão entre Santos Dumont e a missão do Museu Catavento, que é despertar o interesse das pessoas pela ciência e tecnologia. Marília Marton, secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, destaca que a exposição abrange toda a trajetória de vida de Santos Dumont, desde a infância até a vida adulta, ressaltando sua influência na ciência.
Além da exposição, o Museu Catavento também está promovendo um fórum de debates sobre Santos Dumont, que conta com a participação de renomados especialistas no assunto. O fórum acontece no dia de abertura da mostra e tem como objetivo discutir a importância do inventor para a aviação e sua relevância até os dias de hoje.
A exposição também oferecerá atividades educativas, como oficinas de blocos de montar e de aviões de papel, voltadas para o público infantojuvenil. Haverá também uma área dedicada a educadores, que poderão participar de formações sobre Santos Dumont e seu legado para a ciência. A ideia é que esses educadores possam levar esses conhecimentos para suas salas de aula.
O Museu Catavento possui um programa de acessibilidade, que visa proporcionar uma experiência inclusiva para todos os visitantes. Na exposição de Santos Dumont, por exemplo, haverá objetos relacionados ao tema que poderão ser tocados por pessoas com deficiência visual. O museu também recomenda o agendamento de visitas para grupos que necessitem de um atendimento mais adequado.
Além da exposição no Museu Catavento, as unidades das Fábricas de Cultura, localizadas em São Paulo, São Bernardo do Campo e Santos, também irão promover atividades relacionadas a Santos Dumont. Os aprendizes dessas unidades terão a oportunidade de visitar a exposição e participar de uma semana especial com contação de histórias, oficinas e outras atividades inspiradas no inventor brasileiro.
Alberto Santos Dumont foi um grande pioneiro brasileiro, nascido em 20 de julho de 1873, na cidade de Cabangu, em Minas Gerais. Além de ter inventado o primeiro avião da história, ele também foi responsável por diversas outras inovações e contribuições para a ciência e a sociedade. Desde jovem, ele tinha o sonho de ver o homem voar e deixou um legado impressionante para o mundo.
