Governo de Joe Biden entrega permissões de exploração de petróleo e gás no Golfo do México, gerando críticas de grupos ambientalistas

O governo do presidente Joe Biden anunciou hoje que entregará em breve as permissões de exploração de petróleo e gás no Golfo do México, uma medida que tem sido duramente criticada por grupos ambientalistas. Essa decisão vai contra a promessa de campanha do presidente democrata de não autorizar novas perfurações de combustíveis fósseis em territórios federais dos Estados Unidos.

A indústria de petróleo e gás também não ficou satisfeita com a medida, já que o número de autorizações é inferior ao que era previsto pelo governo de Donald Trump. Serão emitidas licenças para três zonas de perfuração, a menor quantidade da história, segundo o governo.

De acordo com o Departamento do Interior, órgão responsável pela administração das terras federais, o Estado é obrigado por lei a abrir licenças de exploração de petróleo para autorizar mais projetos de energia eólica.

Vale ressaltar que neste ano, o governo de Joe Biden limitou novas explorações de petróleo e gás em uma enorme área do norte do Alasca, cinco meses depois de ter aprovado um projeto de petróleo e gás na mesma região. Essa medida foi tomada como forma de combater a crise climática.

Enquanto isso, o Reino Unido autorizou recentemente o avanço de um de seus maiores projetos para a exploração de petróleo e gás em anos, o campo de Rosebank, no Mar do Norte. O governo britânico justificou a decisão dizendo que a segurança energética é a sua prioridade, porém, ambientalistas reagiram com protestos.

É importante ressaltar que o anúncio britânico ocorreu pouco dias depois que o primeiro-ministro Rishi Sunak enfraqueceu as metas climáticas do país. Nesta mesma semana, a Agência Internacional de Energia (AIE) divulgou um relatório que aponta a necessidade de uma redução de 25% na demanda por combustíveis fósseis até 2030, se quisermos limitar o aquecimento global em 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, como proposto pelo Acordo de Paris.

A agência destacou que o carvão, o petróleo e o gás natural precisarão ser substituídos por energias limpas em um ritmo acelerado se desejamos alcançar a meta de zerar as emissões líquidas de gases-estufa até 2050.

Portanto, enquanto alguns países como os Estados Unidos e o Reino Unido estão avançando com projetos de exploração de petróleo e gás, especialistas e ambientalistas alertam para a urgência de uma transição rápida e consistente para fontes de energia limpa, a fim de combater efetivamente as mudanças climáticas e atingir as metas estabelecidas no Acordo de Paris.

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