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USP enfrenta menor proporção de docentes por aluno das últimas décadas, motivando greve de estudantes e docentes.

A Universidade de São Paulo (USP) está passando por um problema histórico: a menor proporção de docentes por aluno das últimas décadas. Isso levou a uma greve de estudantes, que tem o apoio de docentes e funcionários. As manifestações têm como objetivo pedir agilidade na contratação de novos professores, já que a reitoria propôs ampliar o quadro gradualmente nos próximos quatro anos.

No ano passado, foram liberadas 879 vagas para serem preenchidas gradativamente nos próximos quatro anos. No entanto, apenas 238 dessas vagas foram preenchidas até o momento, restando ainda 641 vagas que precisam passar pelo processo de seleção. Diante dessa pressão dos estudantes, a reitoria já está considerando a possibilidade de antecipar parte dos concursos em unidades onde a situação é mais problemática. Entretanto, a contratação efetiva só poderá ocorrer a partir do próximo ano.

Para entender como são os concursos na USP, é importante observar as etapas que compõem o processo. Primeiramente, a abertura de novas vagas precisa ser aprovada pela reitoria e pelo Conselho Universitário, órgão deliberativo máximo da universidade. Em seguida, as faculdades lançam os editais dos concursos.

Geralmente, o prazo de inscrição nos concursos é de aproximadamente dois meses, com o objetivo de alcançar o maior número de candidatos possível. Após a inscrição, os candidatos passam por uma série de provas, que podem incluir uma prova escrita sobre a matéria para a qual irão lecionar, uma prova pública de arguição e avaliação do memorial (que avalia a produção científica, atividade didática universitária, entre outras), e uma prova didática.

Cada uma das provas e fases do concurso possui uma pontuação específica, e ao final do processo, o resultado é proclamado por uma comissão julgadora da unidade.

Diante da atual situação da USP, a pressão dos estudantes e a greve de docentes e funcionários são um reflexo da necessidade urgente de contratação de novos professores. Resta agora aguardar as ações da reitoria para solucionar esse problema e garantir uma melhor qualidade de ensino na universidade.

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