Durante a audiência, a senadora Soraya Thronicke destacou a importância de regulamentar o comércio de cigarros eletrônicos, afirmando que é mais perigoso não saber quais substâncias estão sendo consumidas pela população. Ela ressaltou a necessidade de uma proposta regulatória que se adeque à realidade do país.
O senador Dr. Hiran, presidente da Frente Parlamentar Mista de Medicina, enfatizou a importância de informar e conscientizar os jovens sobre os efeitos prejudiciais dos dispositivos eletrônicos para fumar. Ele condenou os produtos flavorizados, que podem atrair crianças e adolescentes.
A preocupação com a saúde dos jovens foi um tema recorrente durante a audiência. O senador Styvenson Valentim enfatizou a falta de informação sobre os produtos que estão sendo inalados pelos jovens e ressaltou a importância de garantir que esses dispositivos não causem danos à saúde.
Em março deste ano, o Senado desarquivou um projeto de lei que proíbe a comercialização, importação e publicidade dos cigarros eletrônicos. A regulamentação dos produtos fumígenos está sob responsabilidade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que proíbe a comercialização desde 2009.
Apesar da proibição, pesquisas mostram que muitos jovens ainda experimentam os cigarros eletrônicos. Uma pesquisa nacional de saúde revelou que 70% dos usuários têm entre 15 e 24 anos. Além disso, estudos mostram que o uso desses dispositivos pode levar ao vício em cigarros convencionais ou maconha.
Durante a audiência, representantes do Ministério da Saúde e da Aliança de Controle do Tabagismo reforçaram a importância de manter a proibição dos cigarros eletrônicos. Eles argumentaram que liberar esses produtos estimula o consumo e cria adultos fumantes.
Por outro lado, o representante da Associação Brasileira da Indústria do Fumo defendeu a regulamentação dos cigarros eletrônicos, citando um estudo que mostra que esses produtos são menos prejudiciais que os cigarros convencionais.
Os senadores debateram a necessidade de regulamentação e concordaram que proibir completamente o uso dos cigarros eletrônicos pode não ser viável. Eles enfatizaram a importância de garantir o controle e a segurança desses produtos.
Em conclusão, a audiência pública sobre os cigarros eletrônicos evidenciou a preocupação dos senadores com os riscos associados a esses produtos e a necessidade de regulamentação. Os debates evidenciaram a importância de informar e conscientizar os jovens sobre os perigos desses dispositivos e encontrar uma solução que equilibre a saúde pública e os interesses da indústria do tabaco.