Senadores debatem riscos do comércio de cigarros eletrônicos e defendem regulamentação para proteger a saúde pública.

O comércio de cigarros eletrônicos, mesmo sendo proibido no Brasil desde 2009, continua sendo uma realidade preocupante. Os senadores da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) participaram de uma audiência pública para discutir os riscos associados ao uso indiscriminado desses produtos. A reunião contou com a presença de vários senadores, incluindo nomes como Paulo Paim, Soraya Thronicke, Eduardo Girão, Damares Alves, Dr. Hiran e Mara Gabrilli.

Durante a audiência, a senadora Soraya Thronicke destacou a importância de regulamentar o comércio de cigarros eletrônicos, afirmando que é mais perigoso não saber quais substâncias estão sendo consumidas pela população. Ela ressaltou a necessidade de uma proposta regulatória que se adeque à realidade do país.

O senador Dr. Hiran, presidente da Frente Parlamentar Mista de Medicina, enfatizou a importância de informar e conscientizar os jovens sobre os efeitos prejudiciais dos dispositivos eletrônicos para fumar. Ele condenou os produtos flavorizados, que podem atrair crianças e adolescentes.

A preocupação com a saúde dos jovens foi um tema recorrente durante a audiência. O senador Styvenson Valentim enfatizou a falta de informação sobre os produtos que estão sendo inalados pelos jovens e ressaltou a importância de garantir que esses dispositivos não causem danos à saúde.

Em março deste ano, o Senado desarquivou um projeto de lei que proíbe a comercialização, importação e publicidade dos cigarros eletrônicos. A regulamentação dos produtos fumígenos está sob responsabilidade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que proíbe a comercialização desde 2009.

Apesar da proibição, pesquisas mostram que muitos jovens ainda experimentam os cigarros eletrônicos. Uma pesquisa nacional de saúde revelou que 70% dos usuários têm entre 15 e 24 anos. Além disso, estudos mostram que o uso desses dispositivos pode levar ao vício em cigarros convencionais ou maconha.

Durante a audiência, representantes do Ministério da Saúde e da Aliança de Controle do Tabagismo reforçaram a importância de manter a proibição dos cigarros eletrônicos. Eles argumentaram que liberar esses produtos estimula o consumo e cria adultos fumantes.

Por outro lado, o representante da Associação Brasileira da Indústria do Fumo defendeu a regulamentação dos cigarros eletrônicos, citando um estudo que mostra que esses produtos são menos prejudiciais que os cigarros convencionais.

Os senadores debateram a necessidade de regulamentação e concordaram que proibir completamente o uso dos cigarros eletrônicos pode não ser viável. Eles enfatizaram a importância de garantir o controle e a segurança desses produtos.

Em conclusão, a audiência pública sobre os cigarros eletrônicos evidenciou a preocupação dos senadores com os riscos associados a esses produtos e a necessidade de regulamentação. Os debates evidenciaram a importância de informar e conscientizar os jovens sobre os perigos desses dispositivos e encontrar uma solução que equilibre a saúde pública e os interesses da indústria do tabaco.

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