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Funcionários do Metrô, CPTM e Sabesp marcam paralisação contra privatização em São Paulo

Funcionários do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) agendaram uma paralisação coletiva para a próxima terça-feira (3), em um protesto contra os planos de privatização do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Os sindicatos das três categorias estão organizando uma mobilização em resposta aos projetos de concessão das linhas de transporte e da operação da rede de água e esgoto. Os trabalhadores afirmam que a privatização dos serviços levará a uma piora na qualidade e a um aumento das falhas. Eles destacam o grande número de falhas registradas nas linhas 8-diamante e 9-esmeralda, que resultaram em uma investigação pelo Ministério Público. Os sindicatos também argumentam que a população deveria ser consultada especificamente sobre os projetos e reclamam da falta de diálogo por parte do governo estadual.

A paralisação deve afetar as linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 15-prata do Metrô, além de todas as linhas administradas pela CPTM. No entanto, as linhas 4-amarela e 5-liás de metrô e as linhas 8-diamante e 9-esmeralda devem continuar operando, pois são administradas por empresas concessionárias do grupo CCR. Mesmo assim, o sindicato vai convocar 170 trabalhadores da CPTM que atuam nas bilheterias das duas linhas para aderir à paralisação.

Os funcionários das três categorias estão realizando um plebiscito independente para conhecer a opinião da população sobre a privatização dos serviços. A consulta teve início no dia 5 de setembro e deve durar até 4 de novembro, com urnas em estações de metrô, escolas, sedes de movimentos sociais e igrejas, entre outros locais.

A presidente do sindicato dos metroviários, Camila Lisboa, afirmou que a paralisação será a primeira de muitas mobilizações se os planos de privatização não forem revogados. Na noite de segunda-feira (2), as três categorias devem se reunir em uma assembleia conjunta para uma votação simbólica. Segundo os sindicatos, há um apoio significativo para a aprovação da greve.

O sindicato da Sabesp esclareceu que não haverá interrupção do fornecimento de água durante a paralisação e que serão atendidas emergências, como problemas de abastecimento em hospitais. Os trabalhadores estão determinados a expressar sua insatisfação com os planos de privatização e a defender a qualidade dos serviços de transporte e saneamento básico.

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