Reino Unido aprova polêmico projeto de exploração de petróleo e gás no Mar do Norte, apesar da oposição dos ambientalistas

O Reino Unido autorizou na quarta-feira (27) um dos seus maiores projetos para exploração de petróleo e gás dos últimos anos: o campo de Rosebank, da empresa Equinor, localizado no Mar do Norte. Essa decisão foi tomada mesmo diante da oposição dos ambientalistas, enfatizando a prioridade do país em relação à segurança energética.

Essa autorização acontece logo após o primeiro-ministro, Rishi Sunak, enfraquecer as metas climáticas do país na semana passada. Tal medida, segundo críticos, pode incentivar outros países a reduzirem suas ambições climáticas. A ministra da Segurança Energética, Claire Coutinho, afirmou que o campo de Rosebank terá menos emissões poluentes em comparação com outros desenvolvimentos antigos de petróleo e gás.

A eletrificação do processo de extração é a base do plano para tornar Rosebank menos intensivo em emissões. A empresa norueguesa Equinor informou que a eletrificação do campo, localizado a oeste das Ilhas Shetland e com início de produção previsto para 2026-27, só ocorrerá em 2030. Ambientalistas pediam ao governo que interrompesse o desenvolvimento de Rosebank, argumentando que o projeto vai contra o plano de uma economia com emissão líquida zero de gases do efeito estufa.

No entanto, Sunak já havia expressado seu apoio ao projeto em julho, ressaltando a necessidade de novos combustíveis fósseis domésticos para melhorar a segurança energética e alegando que o petróleo e o gás ainda farão parte da matriz energética do país em 2050.

Apesar de relativamente pequeno no contexto global, espera-se que o campo de Rosebank produza 300 milhões de barris de petróleo ao longo de sua vida útil. O Partido Trabalhista, principal legenda de oposição, que defende um foco maior em energia limpa, afirmou que vai respeitar todas as licenças concedidas antes da próxima eleição, inclusive a do Rosebank.

Portanto, o Reino Unido deu continuidade ao projeto de exploração de petróleo e gás no campo de Rosebank, mesmo enfrentando críticas dos ambientalistas. O governo enfatiza a importância da segurança energética e sustenta que o campo será menos intensivo em emissões. No entanto, a decisão é controversa e segue a tendência de enfraquecimento das metas climáticas do país. O processo de eletrificação do campo está previsto para ocorrer em 2030, e o campo deve produzir 300 milhões de barris de petróleo ao longo de sua vida útil.

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