Funcionários de clínica de reabilitação são presos após morte de paciente em SP

Cinco funcionários da clínica de reabilitação Kairos Prime, localizada em Embu-Guaçu (SP), foram presos em flagrante na última quinta-feira (26) após a morte de um homem de 39 anos que estava internado no local. Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, os funcionários, com idades entre 26 e 65 anos, são suspeitos de terem matado o interno.

Testemunhas relataram à TV Globo que a vítima morreu após ter sido amarrada e agredida com madeira e ferro. O interno chegou ao hospital já sem vida, segundo a secretaria. Vale destacar que essa não é a primeira vez que uma morte ocorre na clínica este ano. Um outro homem, de 27 anos, já havia sido encontrado morto em março, na mesma instituição, com sinais de violência no pescoço. Na ocasião, três funcionários foram presos em flagrante.

Além disso, a Secretaria de Segurança informou que dois boletins de ocorrência foram abertos contra a clínica em 2020 devido ao desaparecimento de um homem de 54 anos, que havia fugido da reabilitação em junho e que foi encontrado em outubro do mesmo ano.

Diante desses graves acontecimentos, a prefeitura de Embu-Guaçu tomou medidas imediatas. Após realizar uma inspeção no local, a clínica foi interditada por falta de alvará. A Vigilância Sanitária também conduziu uma avaliação meticulosa sobre os medicamentos presentes na clínica. Além disso, uma equipe da Assistência Social esteve no local e constatou que não havia mais internos após a interdição.

A prefeitura destacou que o processo de fiscalização é acionado com base em denúncias da comunidade ou a partir de informações do Estado, indicando a necessidade de verificar a conformidade das clínicas com as normas e regulamentos de saúde. No caso da Clínica Projeto Kairos, a falta de sinalização foi um fator que contribuiu para que a clínica operasse clandestinamente, escapando da detecção das autoridades.

Esses acontecimentos chocaram a cidade de Embu-Guaçu e levantaram questionamentos sobre a segurança e a qualidade de clínicas de reabilitação. As autoridades competentes continuarão investigando o caso para esclarecer todas as circunstâncias envolvendo as mortes e as possíveis responsabilidades dos funcionários. A população espera que medidas sejam tomadas para garantir a segurança e o bem-estar daqueles que buscam tratamento nessas instituições.

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