Durante um evento no Palácio do Planalto para anúncios do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Lula afirmou que é doloroso testemunhar a quantidade de pessoas que vivem nas ruas, que pagam aluguel sem ter o dinheiro necessário e que habitam em condições sub-humanas. Ele ressaltou a importância de estender a mão para aqueles que necessitam. O presidente expressou a sua disposição em liderar uma campanha contra a fome e a desigualdade, enfatizando que sua responsabilidade é cuidar do Brasil, mas que é necessário fazer ainda mais.
No início do mês, durante a cúpula do G20, em Nova Déli, na Índia, Lula propôs a criação de uma força-tarefa global contra a fome. Uma das prioridades do Brasil no grupo é promover a inclusão social e combater a desigualdade, a fome e a pobreza. O G20 é composto por 19 das maiores economias do mundo e a União Europeia, e a União Africana também se tornou membro permanente durante a cúpula.
Lula afirmou que a campanha contra a desigualdade não é apenas brasileira, mas sim global. Ele citou diversos tipos de desigualdades, como a econômica, de gênero, racial, de oportunidades e na educação, ressaltando que a desigualdade está presente em várias áreas da sociedade. O presidente reforçou seu discurso de que é necessário criar indignação nas pessoas e nos líderes mundiais para combater essa situação.
O presidente também mencionou sua intenção de distribuir melhor a renda no país. Segundo ele, a concentração de riqueza nas mãos de poucos leva ao alastramento da pobreza, da miséria, da desnutrição, da prostituição e da violência. Ele destacou a importância de colocar mais dinheiro nas mãos de muitos, criando assim uma classe média autossustentável, capaz de consumir, gerar empregos, oportunidades e promover o desenvolvimento do país. Lula ressaltou que seu objetivo é construir um país em que a maioria tenha acesso a uma vida digna, e não apenas uma pequena minoria privilegiada.